Formação de Pregadores
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A Pregação no Grupo de Oração >>>
A pregação no grupo de oração é um assunto que há muito tempo
nos desafia. Primeiro, devido às nossas próprias limitações.
Somos limitados em santidade, testemunho, formação bíblica,
formação doutrinária e capacitação técnica para a comunicação.
Segundo, porque a dinâmica do grupo é bastante exigente. O pregador
tem somente de dez a quinze minutos para anunciar o evangelho com
eficácia. Terceiro, porque o grupo recebe toda espécie de filhos de
Deus. Lá vão pessoas equilibradas, saudáveis, bem encaminhadas na
vida, que talvez buscam somente respostas para seus anseios
espirituais. Junto com elas vão pessoas doentes do espírito, da
alma e do corpo. Estas, além de necessitarem de ajudas espirituais,
necessitam, em primeira mão, de soluções para depressão,
desesperança, compulsão para suicídio, cefaléias, cardiopatias,
doenças renais, nevralgias.
Seria ilusão ignorar os problemas relacionados com a humanidade dos
freqüentadores do grupo de oração, para levar-lhes somente um
ensinamento doutrinário, ainda que fosse perfeito do ponto de vista
teológico. Tal atitude excluiria quase cem por cento das pessoas. O
que fazer, então?
Para começar, poderíamos seguir o exemplo de Jesus. No seu tempo o
povo sofria de males semelhantes aos que nos acometem nos dias de
hoje. Certa vez ele estava pregando na entrada do templo, para
ovelhas sem pastor, mais ou menos como as que vão ao grupo de
oração. Ele não perdeu tempo com rodeios, utopias, ou outros
devaneios. Foi direto às suas necessidades, pois sabia que buscavam
soluções reais para problemas que as afligiam diariamente. E elas
iam a Jesus porque sempre recebiam o que buscavam. Jesus tinha um
jeito especial de atender a cada uma. Naquele dia, em especial, as
autoridades do templo ficaram muito indignadas com os frutos da
pregação do Senhor (Jo 7,28-47), pois inúmeras pessoas acreditavam
nele, e muitas já pensavam que ele deveria ser o Cristo, o prometido
do Pai, por isso enviaram soldados para prendê-lo. Os soldados o
encontraram pregando ainda na porta do templo, e o ouviram dizer,
entre outras coisas: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba.
Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão
rios de água viva”. Após a pregação, juntamente com muitos
outros ouvintes, ficaram impressionados com o que ouviram, voltaram
sem prender Jesus e disseram às autoridades:
“Jamais homem algum falou como este homem!...” Que pregação!
Até os soldados que foram prendê-lo desistiram da tarefa, após ouvi-lo. Jesus pregou
eficazmente. Despertou a fé nos ouvintes e apontou-lhes a salvação,
isto é, ele mesmo; abriu-lhes o coração para que recebessem as
soluções que necessitavam. É que ele pregava a verdade de maneira
simples, direta e ardorosa. Sua pregação era querigmática. Até
quando exortava os fariseus era para que voltassem à razão e se
convertessem. Pregações querigmáticas são todas aquelas
relacionadas com os seguintes temas: o amor de Deus, o pecado, a
salvação, a fé, a conversão, o Espírito Santo e a comunidade,
como fruto do Espírito Santo. Mas a pregação querigmática, por si
só, não é garantia de eficácia. Para produzir fruto, ela deverá
também ser ungida, ardorosa e entendida por quem dela necessitar.
Como foi a pregação de nosso Senhor Jesus Cristo, deverá ser a
nossa.
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Conceito de Pregação e Ensino >>>
a) Pregação
- É o anúncio do
Evangelho, sob a unção do Espírito Santo, mediante o uso dos
recursos e métodos da oratória e da retórica.
= Retórica: Estudo do
uso persuasivo da linguagem, em especial para o treinamento de
oradores.
= Oratória: arte de
falar em público.
b) Ensino
- É a transmissão da
Doutrina Cristã, também sob a unção do Espírito Santo, mediante
o uso de recursos e métodos pedagógicos.
c) Distinção entre
ensinos e pregações
- Pregação
= Oratória, eloquência
(Mc 16,15).
- Ensino
= Didática, muitos
recursos e técnicas metodológicas (At 18,25; Tt 2,1).
2. DISTINÇÃO ENTRE
PREGADOR E FORMADOR
a) Pregador
- É a pessoa chamada
por Deus, direta ou indiretamente, para anunciar e testemunhar o
Evangelho, na modalidade de primeiro anúncio.
- É o arauto de Jesus,
é o embaixador de Deus, é aquela pessoa especialmente escolhida
para falar em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
b) Formador
- É a pessoa também
chamada por Deus, direta ou indiretamente, para ensinar, transmitir a
sã doutrina, àqueles que já receberam o primeiro anúncio do
Evangelho.
3. OBJETIVOS DE
PREGAÇÕES E ENSINOS
a) Pregação
- Colocar as pessoas em
contato com Jesus Cristo ressuscitado, a fim de que tenham a oportunidade
de experimentar o amor de Deus e a salvação de Jesus.
b) Ensino
- Oferecer aos irmãos
conhecimentos sólidos e seguros sobre nossa doutrina, a fim de que
perseverem no caminho da salvação.
4. EFEITOS DA
PREGAÇÃO E DO ENSINO NAS PESSOAS QUE OS OUVEM
a) Pregação - Atinge mais a emoção
e os sentimentos dos irmãos e menos o raciocínio e a razão.
b) Ensino - Atinge mais o
raciocínio e a razão dos irmãos e menos os sentimentos e as
emoções.
5. EMPREGO DE
PREGAÇÕES E ENSINOS
a) Pregação
- Em temas
querigmáticos (para todas as situações)
- Em temas catequéticos
(para muitas pessoas, para encontros abertos).
b) Ensino
- Para temas
catequéticos ministrados a pouca gente
= “Pouca gente”,
expressão entendida como uma quantidade de pessoas que possibilite a
aplicação de dinâmicas e o emprego de variadas técnicas de
ensinos.
6. PREGAÇÕES E
ENSINOS MISTOS
- É possível, e às
vezes ideal, pregar ensinando e ensinar pregando.
- É importante usar
pregação e ensino como estilos diferentes, como formas de variação.
- Em temas
querigmáticos não é bom combinar pregação e ensino,
principalmente quando se prega nos grupos de oração.
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Características do perfil do pregador >>>
O pregador é uma pessoa de fé e de oração; batizada no espírito
(cf. At 9, 17); conduzida pelo Espírito (cf. At 16, 6-10); paciente
e perseverante diante das perseguições (cf. At 5, 41); que
testemunha a ressurreição de Jesus; que é membro do Corpo Místico
de Cristo; que está inserida na realidade de seu povo, que é
responsável, íntima de deus, de coração simples; é pessoa , a
visão do plano de Deus (Ef 3, 17-19; Gal 1, 15-16), o zelo pelo
Evangelho. O pregador leva as pessoas a Jesus, busca o dom da fé,
ama e perdoa as traições e perseguições dos irmãos, aceita e
pratica os dons carismáticos, prega com o poder no espírito, vive o
que prega, fala a verdade, busca a formação.
Reflexão: Como você tem reagido diante das características acima?
O
Pregador é inserido na realidade de seu povo.
Como profeta que anuncia a Boa Noticia do reino do Pai, mas também
que denuncia as más noticias que afligem os filhos de Deus, o
pregador não se aliena com a realidade que o cerca, mas vive
engajado no meio social em que está. Com sabedoria e equilíbrio,
pauta seu viver pela palavra de Deus, testemunhando Jesus em todos os
lugares.
O pregador deve estar inserido da realidade de sua assembleia:
prostituição, pobreza, desemprego, corrupção, falta de esperança.
Para que sua pregação console, edifique e exorte de uma maneira
mais eficaz.
O
Pregador é responsável, paciente e perseverante
O pregador tem de ter responsabilidade para preparar com antecedência
suas pregações, para assumir uma formação permanente, para ser
fiel aos compromissos assumidos, tudo fazendo por meio da oração
pessoal, do jejum, da participação dos sacramentos, da penitencia.
Antes mesmo dos outros sinais, como os prodígios, os milagres, a
paciência pode aparecer como o primeiro sinal que confirma o
ministério do pregador. É preciso perseverar no serviço com
paciência sabendo esperar o momento exato da hora de Deus. E isso é
um dom do Espírito Santo.
O
Pregador é intimo de Deus
É impossível amar alguém sem conhecê-lo. É necessário que haja
uma proximidade muito grande que faça nascer a intimidade que vai
proporcionar o conhecimento, a confiança, fortalecendo, assim a
amizade. Assim é também com Deus, precisamos ter intimidade com ele
e isto não acontecerá sem não sentarmos aos Seus pés, senão
ficarmos com Ele, se não nos relacionarmos com Ele. Para podermos
fazer a vontade do Senhor, como pregadores, precisamos ter vida de
oração. Somente ficando com Ele, poderemos amá-lo, escutá-lo,
conhecê-lo e assumir como nosso os seus planos de amor.
Corremos o risco de fazer igual a Samuel (I Samuel 3, 1-10), servir
ao Senhor sem escutá-lo, sem saber qual é a sua vontade. Samuel já
servia ao Senhor, mas não O conhecia de fato. Faz-se necessário ser
intimo do Senhor para que sua vontade seja realizada em plenitude.
O
pregador é pessoa de fé
O pregador tem de ter uma fé madura que o leve à adesão
incondicional a Deus e que o faça amar a Igreja de Jesus Cristo com
tudo o que ela tem. Não se conhece um pregador que tenha dúvidas
quanto à Doutrina Apostólica, resistência em obedecer a hierarquia
da Igreja, resistência quanto aos dogmas da Igreja, tendências
cismáticas ou heréticas. Não podemos pregar o que achamos, temos
de pregar o que Deus revelou nas escrituras, sob o discernimento da
Igreja. O pregador teve ter o cuidado para não cair na livre
interpretação e distorcer a mensagem da palavra de Deus. Deve-se
portanto ter zelo e amor pela palavra fonte da nossa fé.
O
Pregador é Homem de Bem-Aventuranças
Em Mateus 5, encontramos traços bem delineados que precisam estar
marcados no pregador:
Coração
pobre: Deus é a única riqueza do pregador e ele não o troca por
nada. O Pregador que tem coração de pobre está sempre disposto a
aprender, a ouvir outros pregadores, nunca está cheio de si porque
tudo o que faz é para a glória do Senhor.
Aquele
que chora: o pregador é aquele que fala movido pela compaixão do
povo que sofre, que chora junto com o povo, que não fica alheio aos
seus sofrimentos e angustias. Através da pregação repleta de
unção: ampara, consola, exorta e ama esse povo no Senhor.
É
manso: o pregador sabe ser dócil, compreensivo, carinhoso, manso em
qualquer situação, sem perder sua postura de pregador.
É
misericordioso, tem o coração puro, é justo.
É
pacifico: ser pacifico não significa ser fraco, mas saber lidar com
as situações de brigas, de ressentimentos, de desamor, para que se
restaure a harmonia, a paz, o perdão e o amor.
O
Pregador usa dos carismas.
“Em verdade, em verdade vis digo: aquele que crê em Mim fará as
obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou
para junto do Pai”. (Jô 14, 12)
O
pregador é membro do corpo místico de Cristo
O pregador que é intimo de Cristo, torna-se membro Seu, onde Cristo
é a cabeça e nós somos os membros. Pelo nosso batismo, crisma e
eucaristia, já somos membros de cristo, porém é necessário tomar
posse e aprofundar-se na mística de Jesus.
O
Pregador tem visão do Plano de Deus
O Conhecimento do plano de Deus apresenta-se em duas partes que se
completam: uma, no sentido geral, já revelada na Sagrada Escritura:
a outra, em caráter particular, diz respeito à vontade de Deus para
o pregador. Neste Jesus revela ao pregador o que ele deve fazer qual
sua missão pessoal no contexto do plano geral.
Reflexão:
1. Você está inserido na realidade do seu Grupo?
2. É responsável no Grupo ou com os compromissos que assume?
3. Tem buscado ser intimo de Deus pela oração pessoal?
4. A sua fé está fundamentada na Doutrina da Igreja?
5. Tem exercitado as bem-aventuranças?
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Forjando nosso perfil >>>
Igualar-se a Jesus é tarefa sobre-humana. Quase tão difícil é
assemelhar-se a Paulo ou Apolo. É necessário, porém, que busquemos
possuir um perfil semelhante ao deles para que, através da força do
Espírito Santo, possamos dizer como São Paulo:
“Não pretendo dizer que já alcancei (esta
meta) e que cheguei à perfeição. Não. Mas eu me empenho em
conquistá-la, uma vez que também eu fui conquistado por Jesus
Cristo.” (Fil 3, 12).
A sagrada Escritura fornece o caminho que
devemos percorrer para a formação do nosso perfil. Caminho da cruz
e da renuncia de si mesmo (Mt 16, 24), da consagração total (Lc 1,
15; 3, 2; Jô 3, 30), da conversão (At 9, 6) e da busca da
santidade:
Aceite a cruz em si mesmo com tudo o que ela significa, a começar
pela própria negação de si, vai contra as fibras mais profundas do
nosso ser. Não aceitar a sua cruz significa não aceitar Jesus como
seu Senhor. Por isso essa aceitação é dom do Espírito Santo, pois
não podemos efetivá-la somente com nossos esforços.
A consagração é necessária para que haja espaço em nossa vida
para ação do Espírito Santo. Sem a consagração não há porque
moldar o perfil do pregador ao perfil de Jesus.
É o Espírito Santo quem dá a graça da mudança interior
(metanóia), seja nas emoções (exterior), nos sentimentos
(interior) ou mesmo na maneira de pensar, julgar e agir.
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Avaliando o nosso Perfil >>>
Veremos alguns critérios para avaliar o nosso perfil, para podermos
inclusive, saber onde nos empenharmos com mais esforço. Esses
critérios são: amor, prontidão, aceitar que Jesus seja a motivação
das pessoas e formar outros pregadores.
O amor é marca mais sublime do perfil do pregador. Jesus olhava para
a multidão e simplesmente amava com seu olhar, suas palavras eram
carregadas de profundo amor e compaixão. Jesus curava pelo amor,
libertava pelo amor. O Pregador também precisa amar, porém de uma
maneira mais profunda, não basta amar como a si mesmo, o pregador
tem de amar como Jesus amou e ama.
O pregador não pode deixar de amar alguém pela sua condição
social, cultural ou intelectual, ou ainda por brigas, desavenças ou
divisões. O Pregador deve ser aquele que dá o primeiro passo, pois
ele não prega somente com as palavras, mas também com o testemunho.
O Pregador tem de estar sempre disposto para anunciar a palavra do
Senhor. Renunciar a própria vontade ou interesses, para proclamar
com ousadia, autoridade, intrepidez.
Nunca colocar obstáculos devido às deficiências de estrutura
física em certos lugares, deve-se sem dúvida, planejar o local afim
de que o ambiente seja o melhor possível para anunciar a palavra.
Não escolher lugares por conveniências, o pregador deve ir onde for
solicitado para que todos escutem o anuncio do Senhor.
Ás vezes, o pregador cai em armadilhas invisíveis. Uma delas é a
tentação de querer para si a glória que pertence a Jesus. Isso
acontece quando o pregador deseja o reconhecimento de seus méritos.
O pregador deve agradecer a Jesus tanto pelos elogios como pela sua
falta, aceitando com mansidão e afabilidade as críticas recebidas
seja do coordenador, ou da comunidade que confirma.
A opção pastoral de Jesus foi formar discípulos que fossem capazes
de continuar sua missão. Jesus formou discípulos pregadores, se
assim não fosse a mensagem do Evangelho não teria atravessado dois
mil anos.
É importante que o pregador tenha consciência da necessidade formar
outros pregadores e se empenha neste trabalho.
“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mac
16, 15)
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Como organizar a pregação >>>
Considerações
Uma vez que a mensagem foi selecionada e sabemos qual objetivo
precisamos atingir, devemos, então elaborar um plano, estabelecendo
uma estratégia que nos permita chegar ao que propomos. Isso é o que
significa organizar a pregação.
Uma mensagem, mesmo sendo muito boa, se desvirtua, se não está bem
organizada, isto é, ela se perde numa pregação desorganizada. A
organização da mensagem é como a tática que se deve seguir para
ganhar uma partida de futebol. Pode-se jogar dando somente pontapés
na bola; porém, as equipes que conquistam o título são as que tem
a s melhores estratégias. Portanto chutar elementos, sem o mínimo
de organização, não produz efeito nenhum. Existem diversas
maneiras de se organizar uma pregação: exórdio, desenvolvimento e
conclusão.
1º) Exórdio:
a)Introdução: tem como objetivo animar o auditório para ouvir o
que irá ser pregado. Visa captar a tenção de todos e fazer com que
se sintam privilegiados por estarem ali.
b)Motivação inicial: é a exposição geral do tema a ser pregado.
Pode ser através de uma citação bíblica, mas não deve ser longa.
Deve conter uma plano abrangente com três ideais, no máximo, para
vitar dispersão e confusão.
2º) O Desenvolvimento:
É o corpo da pregação, sua parte mais longa. Nesta parte da
pregação as idéias expostas anteriormente são trabalhadas uma a
uma, buscando formar um “todo” compreensível ao auditório.
Compõe-se de:
a) Enunciado: continuidade da motivação inicial. Deve conter de
forma precisa e breve toda a mensagem que se quer dar.
b) Argumentação: explicação do que se deseja, alinhando
argumentos que confirmam a mensagem, argumentos esses bíblicos,
teológicos, filosóficos e vivenciais.
c) Aplicação: é a parte que valoriza a mensagem, pois o pregador
inclui o auditório na pregação que está fazendo. Deve conter
exemplos que tornam possível o que se fala.
3º) Conclusão
a) Resumo: reúne os temas pregados dando uma visão geral. Deve ser
o “gancho” para o imperativo.
b) Imperativo: exortação final que contém: desafio, exortação, e
chamamento. Deve provocar uma atitude no auditório em relação ao
que se pregou.
c) Oração Final.
Esquema Geral:
Da passagem a ser pregada seleciona-se três versículos bíblicos,
aos quais sob a ação do Espírito você julga ser o mais
importante. De cada versículo extrai-se ainda uma palavra chave.
Vale ressaltar a importância da pregação ter inicio, meio e fim,
um alvo a ser acertado. Se o Tema é Senhorio de Jesus, no final da
pregação a pessoa deve star motivada a ter Jesus como Senhor. Os
versículos a serem trabalhados devem apresentar uma ordem lógica de
raciocínio, harmonia e coerência.
As sub-chaves são as ideais desenvolvidas na chave principal. Depois
na conclusão reapresentar rapidamente a lógica das três chaves e
fazer em seguida o imperativo (desafio, exortação, chamamento)
I
– INTRODUÇÃO
(parte
única)
II
- DESENVOLVIMENTO
1.
ITEM (idéia chave)
a)
Subitem
b)
Subitem
c)
Subitem
2.
ITEM (idéia chave)
a)
Subitem
b)
Subitem
c)
Subitem
3.
ITEM (idéia chave)
a)
Subitem
b)
Subitem
c)
Subitem
III
– CONCLUSÃO
1.
PERORAÇÃO
2.
ORAÇÃO FINAL
2. A Inspiração
Deve-se contar com a graça de Deus para pregar, uma vez que este é
um ministério sobrenatural. A inspiração (unção) se traduz na
vida interior do pregador, por isso ele deve estar atento ao sopro do
Espírito. O pregador não deve caminhar além daquilo que foi
preparado, rezado e inspirado (I Cor 2, 1-5).
Fontes Primárias: Sagrada Escritura, Sagrada Tradição,
Documentos da Igreja.
Fontes Auxiliares:
Experiência própria, experiência dos
irmãos, Ciências Modernas (Antropologia, Psicologia, História,
Medicina, Sociologia, Geografia, Botânica, Zoologia), Natureza,
Fatos da Vida.
Meios de acesso às fontes:
- inspiração do Espírito Santo
Deus age através da nossa natureza (imaginação, criatividade,
inteligência)
- revelação privada
- recordação do que aprendemos
- Livros espirituais
- Moção
Preparação da pregação:
Estar em sintonia com Deus (oração
mental, louvor).
1. Perguntar a Deus o que ele quer que preguemos.
2. Esperar a resposta de Deus.
3. Formas de resposta de Deus:
- através dos dons carismáticos (ciência, profecia, imagens
/ visualizações)
- inspirações (idéias que recebemos do Espírito Santo, mas
que não se enquadram na definição de profecia).
- moções (o Espírito Santo nos move, nos impele por meio da
nossa natureza, colocando em nós desejo de fazer algo. É parecido
com intuição. Na preparação do ensino ele nos impele para textos
da Sagrada Escritura, de documentos da Igreja, de diversos livros
espirituais, para fotos da vida, enfim para qualquer uma das fontes
já citadas).
- Recordação: do que sabemos ou lemos.
Anotar
tudo o que pensamos que pode ser de Deus
Discernir
para saber o que é de Deus.
Ver
se as idéias estão de acordo com a sagrada Escritura, com a
Doutrina, a Tradição da Igreja, o Magistério e se vai faze bem a
comunidade.
Organizar
com o Dom da sabedoria o que foi anotado.
Dependência
total do Espírito Santo de Deus.
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Como pregar a mensagem >>>
1. Antes da Pregação
Apresentação
física:
Se
o pregador se apresenta de qualquer jeito, com uma aparência
descuidada (cabelos despenteados, roupa amarrotada, sapatos sujos,
etc), isso pode ser um obstáculo para que as pessoas aceitem a
mensagem. A apresentação do pregador deve ser adequada ao público
que irá pregar.
Reconciliar-se com
Deus
Se
a apresentação exterior é importante, a interior é muito mais.
Para não dar brecha a nada, principalmente ao inimigo, o pregador
deve perdoar e pedir perdão, purificar suas intenções e
motivações, ou seja, deve estar em harmonia com Deus, buscando,
então, “viver sempre contente; orando sem cessar; em todas as
circunstancias dando graças a Deus”.
Tempo
O
pregador deve estar no local algum tempo antes do horário marcado
não só para evitar correria, desassossego, perturbação, mas
também para observar algum detalhe do local que possa aproveitar em
sua pregação. Deve aproveitar ainda este tempo para ficar um
momento a sós com o Senhor, se enchendo de Seu poder e Sua
autoridade.
2. Durante a
pregação.
Tomar autoridade
Diante
do auditório o pregador deve tomar autoridade no nome do Senhor. Se
o público é grande ou não, se há autoridades religiosas
presentes, tais fatores não devem perturbá-lo.
A voz:
Usa-se
a voz como a palavra escrita de um jornal que contém todo tipo de
letra: pequena, grande, cursiva, normal, negrita. De igual maneira,
há coisas para ser dita ora com força, ora com suavidade, ora
lentamente, para chamar a atenção, realçar, enfatizar, aclarar. O
pregador tem de saber dar ênfase onde é preciso, levantando ou
abaixando a voz, dando uma tonalidade mais brilhante, e pronunciando
bem as palavras para que as pessoas entendam o que ele diz.
É
preciso ter cuidado para que a voz não seja demasiado estudada, pois
parecerá falsa; não seja tímida, tremida nem insegura, para que
não se apóie em vícios como: né? me entendem? Tudo que é
artificial deforma a pregação.
Os olhos
O
pregador não deve voltar-se para uma janela, por exemplo, e olhar
quem passa, pois isso distrai os ouvintes, como também pregar
olhando constantemente o relógio, pois deixará os ouvintes
incomodados. Veja as pessoas, passe seu olhar sobre todas. Não
abaixe os olhos e nem o pregue no teto, mas, tranqüilamente, olhe
nos olhos dos seus ouvintes vendo-os com tranqüilidade e serenidade.
Fale sempre para os detrás, porque assim seu tom de voz torna-se
mais forte. Se olhar somente os da frente seu tom de voz será mais
moderado e nem todos os ouvirão. Falando para os de trás os da
frente o ouvirão com certeza.
O rosto
É
necessário que o pregador suavize a expressão de seu rosto para que
não assuste nem intimide os ouvintes, sendo coerente no que está
fazendo. O rosto é reflexo do coração que deve estar sereno e
transmitindo paz. Rostos enojados ou mal-humorados não são
compatíveis com o ministério de pregador.
As mãos
Devem
servir para desenhar o que o pregador está dizendo. Portanto, nunca
pregar com as mãos no bolso ou segurando algum objeto, para se ter
liberdade de movimento.
O corpo
Toda
a sua pessoa é comunicadora de uma mensagem. Não exagerar com
movimentos bruscos durante toda pregação, não coçar-se, não
fumar e não mascar chicletes, não recostar-se numa coluna ou
parede.
O
pregador pode usar do espaço físico que ele tem para se movimentar,
porém deve se ter o cuidado para não ficar de um lado para o outro
durante toda a pregação.
Os pés
O
pregador deve colocar-se bem, mantendo os pés de forma que lhe de
equilíbrio, tomando cuidado com o cabo do microfone.
A respiração
É
a bateria que alimenta de energia a voz, sendo porém para o pregador
fator importante. Assim é conveniente antes da pregação respirar
profundamente varias vezes.
Tempo
É
importante o cuidado com o tempo, evitando-se olhar no relógio a
toda hora, e também ultrapassar o tempo com pregações longas.
Critérios
para a avaliação da pregação
1. Saudar a assembléia
2. Apresentar-se
3. Oração inicial
4. Anunciar o tema
5. Ter um esquema básico
6. Ser direto
7. Ser atual
8.
Falar claro
9. Usar bem a expressão corporal
10. Ter um tom
de voz variado
11. Usar a Bíblia
12. Chamar a atenção da
assembléia (Não é bronca)
13. Comunicar-se
14. Ser
favorável na dicção
15. Testemunho de vida pessoal
16.
Cumprir o tempo (não ser prolixo)
17. Atingir o objetivo
proposto
18. Levar a assembléia a comprometer-se.
Anselmo Marciano