sábado, 27 de outubro de 2012

A Missão da Renovação Carismática Católica

Paulo VI disse que a essência da Igreja Católica é a Evangelização. Então, qual é a missão específica do Renovamento Carismático? Qual é o nosso particular carisma nesta missão? Reveste três características: 
 


1. Proclamar com alegria o "kerigma", quer dizer, a Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Não há outro evangelho, senão o próprio Jesus.


2. Evangelizar com o poder do Espírito Santo, convicção, força e liberdade necessárias para mostrar que Jesus vive hoje na Igreja e no mundo. Os carismas ajudam e encorajam esta proclamação "kerigmática". Sinais, mistérios e milagres fazem parte do pacote da evangelização. Eles advêm naturalmente das ações do Espírito Santo e não devem ser receados. Dirigem a nossa atenção para o Senhor entronado.


3. Proclamar o Reino de Deus através de comunidades sagradas e plenas de amor. A comunidade é um forte sinal de uma verdadeira evangelização. O Renovamento Carismático é chamado a gerar comunidades evangelizadas que evangelizam. Famílias santificadas, padres santos, comunidades santas e por fim, uma Igreja santificada e missionária. O mundo precisa ver homens e mulheres santos, mas também comunidades santas, onde uma nova forma de vida, a vida no Espírito, pode ser realmente vivida.


Essas palavras que ressoaram na Basílica de S. Pedro há muitos anos atrás estão a cumprir-se hoje: Renovamento Carismático chegou o tempo de evangelizar em todos os momentos, até à vinda do nosso Senhor Jesus Cristo!



José Prado Flores
in: "Charismatic Renewal: a Grace, a Challenge and a Mission", ed. ICCRS


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Vocação

Neste espaço, sempre tratamos de assuntos que nos levam a refletir com mais intensidade a vida da Renovação Carismática Católica. Por esse motivo, neste encarte, abordaremos pontos que nos ajudam a aprofundar a vontade de Deus em nossa vida. Durante esses últimos anos, seguimos, como Movimento, a escuta profética dos passos do Senhor para nossa ação missionária na vida da Igreja. Em 2009, a temática foi “Jesus é o Senhor”. Essa moção nos conduziu a proclamar que Ele é Senhor de nossas vidas e de todo nosso apostolado. Atualizamos a adesão a Jesus Cristo como nosso único e verdadeiro Senhor, o que nos ajudou em todas as atividades de evangelização daquele ano. Sentimos um fortalecimento em nossa vida espiritual e conseguimos vislumbrar melhor o que significaria para nós nestes tempos viver a reconstrução.

No ano seguinte, como consequência da proclamação de seu Senhorio em nossa vida, sentimos a necessidade de renovar nosso compromisso com a missão de dar ao mundo uma grande notícia, ou melhor, a “Boa Notícia”. Por isso, no ano de 2010, nos unimos em torno da Palavra de Deus para “anunciar a Boa Notícia” e “unidos, reconstruir as muralhas”. Foi um tempo de estreitar ainda mais nossos laços de amor com a Palavra de Deus, de retomar, como Amigos de Deus, a leitura orante dos textos bíblicos, de dialogar com Deus através da Palavra. Assim, fomos direcionados, com o livro de Neemias, a repensar e planejar nossas ações enquanto líderes do Movimento: nasce, dessa forma, o Planejamento Estratégico.

Quanta alegria em anunciar boas notícias! Alegria aos anunciadores, esperança aos ouvintes! Como um sinal de encorajamento, toda Igreja naquele ano foi presenteada com a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum Domini. Isso foi para nós, da Renovação Carismática Católica, como uma confirmação de nossa prática evangelizadora.

Realmente, Deus queria nos conduzir a uma missão ainda maior e fazer-nos perceber que Ele estava a direcionar nossos trabalhos. Chegamos em 2011 e “Por causa da Palavra do Senhor, lançamos as redes”. Quantas atividades missionárias foram realizadas no decorrer daquele ano, e quantos irmãos foram alcançados pelo Anúncio. O Senhor nos levou a lançar redes, mesmos em águas que, aos nossos olhos, já não ofereciam mais condições de pescaria. Pela obediência à Sua voz, nos encontramos com redes cheias de vidas. Foi um ano de encorajamento. Deus nos revelava que nossa vida é o maior instrumento de missão. É com a vida que obedecemos a Sua voz, e é com o nosso testemunho que vamos alcançar aqueles irmãos que A desconhecem. Pelo amor a Jesus Cristo, obedecemos, e, também, somos impelidos a ir ao encontro daqueles que não conhecem o Seu Amor.

Experimentamos, no decorrer desse ano (2011), a riqueza da missão. Vimos que o Grupo que se lança em missão é presenteado com os frutos do encorajamento, da alegria, da ousadia, da resposta generosa de Deus, que o faz crescer não apenas em número, mas em graças espirituais. E o povo que é alcançado por este anúncio tem a oportunidade de conhecer o amor de Deus e se entregar a Ele, tendo vidas restauradas e transformadas.

É assim que a moção da reconstrução vai se realizando por toda a vida da Renovação Carismática Católica.

Estamos em 2012, e nossa missão vai crescendo! Agora é tempo de cuidar daqueles que o Senhor trouxe até o Seu aprisco. E o interessante que o próprio Jesus nos mostra que ainda há ovelhas que não são deste aprisco. Entendemos, então, que nossa missão está apenas começando. Nos demos conta que estamos vivendo um momento de nova unção em nosso discipulado e apostolado. Estamos aprendendo com o modelo de Jesus a apascentar as Suas ovelhas, pois Ele mesmo nos pede: “Apascenta as Minhas ovelhas”.

Paremos para contemplar o que Deus tem feito em nosso meio nesses últimos anos: hoje a RCCBRASIL esta construindo uma Sede Nacional; temos um Escritório Nacional que cresceu não apenas em número de funcionários, mas em demandas missionárias, na qualidade da comunicação e no cuidado da vida do Movimento; temos quatro casas de missão no Brasil e, em breve, estaremos enviando missionários para outro continente; mobilizamos o país em oração; respondendo a necessidade de termos servos mais bem preparados, investimos na formação, através do Instituto de Educação a Distância e da Escola Nacional de Formação de Lideres e Missionários. Enfim, percebemos que Deus tem falado conosco de maneira clara e profética. Também é visível que todos os que seguem esse direcionamento profético estão alcançando um grau de maturidade eclesial.

Conforme aprofundamos nossa reflexão, vamos entendendo que estamos vivendo um chamado de Deus. E, a partir dessa linha de pensamento, iniciamos neste encarte um olhar sobre este tema: Vocação. Nesta edição, abordaremos três pontos: o que entendemos por vocação, a vocação do leigo na Igreja e vocação e a vida no Espírito.

I – O que entendemos por vocação

A palavra vocação vem do latim “vocare”, que entendemos por “chamado”. Como cristãos, compreendemos ser vocação um chamado de Deus. Deus chama, mas espera a resposta. É Deus quem chama e é o homem quem responde ao chamado.

É importante perceber que há diferença entre vocação e profissão. Quando falamos em vocação estamos nos referindo a um chamado de Deus que é para sempre, em cada instante do dia e da vida. Não se pensa em construir patrimônio ou remunerações: é uma vida apoiada na providencia de Deus, vive-se o “ser” de uma vocação. Quanto à profissão, podemos até dizer que se trabalha por aptidão ou onde se encontra a remuneração necessária.

Diz a Palavra de Deus, em 1Ts 4,3: “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação”. Por meio desse versículo, podemos compreender que a santidade é a nossa vocação. A Resposta a esse chamado que Deus nos faz à santidade só é possível através do amor. Toda vocação só é realizável pelo amor.

II – Vocação dos Leigos na Igreja

A Igreja nos ensina na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christifideles Laici que há variedade das vocações. “Segundo a parábola evangélica, o ‘proprietário’ chama os trabalhadores para a sua vinha nas várias horas do dia: alguns, ao amanhecer; outros, às nove da manhã; outros ainda, por volta do meio-dia e das três da tarde; os últimos, cerca das cinco (cf. Mt 20, 1ss.). Ao comentar esta página do Evangelho, São Gregório Magno interpreta as várias horas da chamada relacionando-as com as idades da vida: ‘É possível aplicar a diversidade das horas — escreve ele — às diversas idades do homem. O amanhecer pode certamente representar, nesta nossa interpretação, a infância. A hora tércia, por sua vez, pode entender-se como sendo a adolescência: o sol dirige-se para o alto do céu, isso é, cresce o ardor da idade. A hora sexta é a juventude: o sol está como que no zênite do céu, isso é, nesta idade reforça-se a plenitude do vigor. A idade adulta representa a hora nona, porque, como o sol declina do seu alto, assim esta idade começa a perder o ardor da juventude. A hora undécima é a idade daqueles que se encontram muito avançados nos anos... Os trabalhadores são, portanto, chamados para a vinha em horas diferentes, como a querer significar que à santidade de vida um é chamado durante a infância, outro na juventude, outro quando adulto e outro na idade mais avançada’” (CL 45). Em qualquer momento de nossa vida, Deus nos chama; a qualquer hora podemos ouvir esse chamamento; e para cada época há uma missão diferente. Portanto, nunca podemos esquecer que Deus chama e que aguarda a resposta do homem.

O Papa João Paulo II continua, dizendo que a Igreja deve dar hoje um grande passo, deve entrar numa nova etapa histórica do seu dinamismo missionário: “Para evangelizar o mundo são necessários, antes de mais, os evangelizadores. Por isso, todos, a começar pelas famílias cristãs, devem sentir a responsabilidade de favorecer o despertar e o amadurecer de vocações especificamente missionárias, tanto sacerdotais e religiosas como laicais, recorrendo a todos os meios oportunos e sem nunca esquecer o meio privilegiado da oração, conforme a própria palavra do Senhor Jesus: ‘A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rezai, pois ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara!’” (CL 35).

É com alegria que olhamos para este texto escrito por João Paulo II, pois, nos tempos atuais, (a RCCBRASIL vem vivendo seu chamado de ser na Igreja rosto e memória de Pentecostes, um Movimento que se preocupa em ajudar os que se sentem chamados a uma vocação específica a dar uma resposta generosa a Deus, colocando suas vidas inteiramente a serviço da evangelização. E, neste serviço, a RCC tem contribuído para promover a dignidade humana.

Temos visto a missão da RCCBRASIL no Marajó, em Canas, em Pelotas, contribuindo para que os filhos de Deus sintam a dignidade desta condição. Assim, confirmamos o que ensina a Christifideles Laici: “A dignidade da pessoa aparece em todo o seu fulgor, quando se consideram a sua origem e o seu destino: criado por Deus à Sua imagem e semelhança e remido pelo sangue preciosíssimo de Cristo, o homem é chamado a tornar-se ‘filho no Filho’ e templo vivo do Espírito, e tem por destino a vida eterna da comunhão beatífica com Deus” (CL 37).

III – Vocação e a Vida no Espírito

Firmamos nossos pés na caminhada com Cristo a partir de uma experiência íntima com o Espírito Santo. A partir desse encontro profundo, nos deixamos ser conduzidos por Ele e aos poucos vamos sentindo uma transformação em nosso interior. Isso resulta no que chamamos de vida no Espírito.

A vida no Espírito consiste em:
 viver sob o senhorio de Jesus;
 viver a santidade;
 viver a missão;
 viver na comunidade fraterna.

É o Espírito Santo quem nos impulsiona a assumir que Jesus Cristo é o Senhor de nossas vidas, que nos conduz a uma atitude de conversão, gerando em nós vida de santidade. Ele nos leva a assumir o discipulado e o apostolado, e a viver em unidade com os irmãos.

Alguns sinais vão marcando nossa vida como:
• Desejar conhecer mais quem é Jesus Cristo;
• Viver o cristianismo de uma nova maneira;
• Buscar o conhecimento da Doutrina da Igreja e das Escrituras;
• Ter uma vida de oração pessoal e comunitária;
• Sentir a necessidade de louvar a Deus pelo que Ele é, pelo que Ele faz e por tudo que Ele pode fazer;
• Passar a servir a Deus e ao próximo;
• Nossa vida se irradia de alegria e contagia a comunidade;
• Sentir o Senhor libertando do medo, das angústias, dos ressentimentos, das emoções descontroladas e muitas vezes aprisionadas;
• Ter a coragem de olhar para nós mesmos e assumir que temos erros, necessidades, fraquezas, e buscar em Deus nossa mudança.

Uma das coisas mais ricas que descobrimos na vida no Espírito é a vida fraterna, a comunidade de irmãos. Não existe como viver no Espírito individualmente. É através dessa experiência com o Espírito Santo que nos sentimos o Corpo de Cristo.

A vida fraterna ou a comunidade fraterna é um sinal profético daquilo que o papa João Paulo II falou a respeito de nossa identidade e espiritualidade: a sonhada “Civilização do Amor”.

IV – Conclusão

Os sinais acima citados nos levam a perceber que temos uma vocação, a vocação da vida no Espírito. Vamos caminhando, de forma que o Senhor vá abrindo o nosso coração à Sua vontade. Quanto mais realizamos a vontade de Deus, mais vamos nos aproximar da felicidade, porque vocação acertada é vida feliz.

No próximo encarte, vamos apresentar os tipos de vocação e passaremos alguns pontos sobre o discernimento vocacional.


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A banalização do sexo feminino

Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?

A internet tem noticiado que uma jovem virgem catarinense colocou sua virgindade à leilão realizado por um reality show australiano, e que os lances já chegam a R$ 500 mil. Segundo a notícia, a jovem Ingrid Migliorin, diz que usará dinheiro para construir casas populares e outras atividades, como se fosse lícito fazer caridade através do pecado, como se os fins justificassem os meios. Entre muitos lances, o indiano Rudra Chatterjee ofereceu US$ 250 mil. Lucas Zaiden, de nacionalidade desconhecida, ofereceu apenas US$ 1 (R$ 2). Caso os demais desistam, a jovem terá que aceitar a oferta mínima. Martin Robinson superou Miller pela primeira vez, oferecendo US$ 200 mil (R$ 400 mil). Rudra então aumentou o valor para US$ 250 mil (R$ 500 mil).O que mais nos impressiona e entristece e ver a Imprensa dar ênfase a uma proposta tão destruidora, e tão deprimente da mulher; mas tudo se passa nas redes sociais como se a coisa fosse “bonita”, e se brinca com algo tão sério que é o sexo e a dignidade da mulher. De uma lado a mídia quer valorizar a mulher, e esta exige seus “direitos”; mas, por outro lado, é ela mesma a propor a sua dignidade e sufocar a sua honra, oferecendo –se banalmente como um “pedaço de carne” a ser consumida.
Quanto mais os valores dos lances aumentam, mais atenção o leilão desperta na mídia internacional. Até hoje já são 13 os lances registrados. O primeiro registro foi de um brasileiro chamado Edson Raimundo, que ofereceu apenas US$ 72 dólares (R$ 144) em 18 de setembro.
O que pensar e dizer de tudo isso? Antes de tudo, uma triste banalização do sexo e da mulher, que se oferece como objeto de consumo e de prazer. É mais uma forma moderna de prostituição, onde o sexo é vivido sem amor, sem compromisso, sem filhos, sem família, sem responsabilidade.
 
 
 

O sexo é uma das mais belas realidades criadas por Deus para que o casal humano, homem e mulher, unidos pelo sacramento do matrimônio, vivam os aspectos unitivo e procriativo, que dão fundamento ao casamento e à família, projeto de Deus para a humanidade.
Cabe aqui recordar – ao menos aos cristãos – o que a Igreja ensina sobre a beleza da pureza. O Catecismo da Igreja ensina que a vida sexual é legítima e adequada “aos esposos”: “Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (Cat. §2362; GS, 49).
São Paulo há dois mil anos já ensinava aos coríntios: “A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa” (1 Cor 7,4). A união sexual só tem sentido no casamento de um homem e uma mulher, porque só ali existe um “comprometimento” de vida conjugal, vida a dois, onde cada um assumiu um compromisso de fidelidade com o outro, para sempre, gerando daí os filhos, que são, como diz o Catecismo da Igreja, “o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais” (§1652).
A Palavra de Deus nos alerta pesadamente para o perigo do pecado da carne. São Paulo escreveu muito sobre isso; vejamos: “Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado – e isto sois vós” (1 Cor 3, 16-17). 
 
“Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, então, os membros de Cristo e os farei membros de uma prostituta? De modo algum! Ou não sabeis que o que se ajunta a uma prostituta se torna um só corpo com ela? Está escrito: Os dois serão uma só carne (Gn 2,24). Pelo contrário, quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito. Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo”.(1Cor 6,15-20)
“Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que disto nem se faça menção entre vós, como convém a santos” (Ef 5,3).
Os cristãos não podem achar graça diante de tudo isso, da profanação do corpo humano belo de uma jovem mulher. Tudo isso precisa receber a nossa denúncia, em nome de Deus Criador. Se, omissa e covardemente nos calarmos, as pedras gritarão.
 
Prof. Felipe Aquino

Os movimentos: um verdadeiro dom de Deus

Reproduzimos abaixo a intervenção do cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, feita na tarde do dia 08 de outubro durante a segunda Congregação Geral do Sínodo dos Bispos.
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No número 115 do instrumentum laboris, lemos que "o florescimento, ao longo das últimas décadas, muitas vezes gratuito e carismático, de grupos e movimentos engajados com prioridade na proclamação do Evangelho é outro dom da Providência para a Igreja".

O magistério dos últimos papas reiterou em muitas circunstâncias esta natureza providencial da "nova era de integração dos fiéis leigos", destacando a sua estreita relação com o "novo Pentecostes" do concílio Vaticano II.

Em particular, o beato João Paulo II fez sempre questão de destacar o dinamismo missionário dos movimentos e das novas comunidades, que "representam um verdadeiro dom de Deus para a nova evangelização e para a atividade missionária propriamente dita. Por isso, recomendamos difundi-los e usá-los para dar novo vigor, especialmente entre os jovens, para a vida cristã e para a evangelização, dentro de uma visão pluralista dos modos de se associar e de se expressar".

O papa Bento XVI, por sua vez, ressalta que "o instrumento providencial para um renovado impulso missionário são os movimentos eclesiais e as novas comunidades; acolham-nas e promovam-nas dentro das suas dioceses". Em outra ocasião, ele encorajou os bispos a receber os movimentos e novas comunidades "com grande amor".

Infelizmente, os movimentos e as novas comunidades ainda são um recurso que não é totalmente valorizado na Igreja, um dom do Espírito e um tesouro de graças que ainda estão escondidas aos olhos de muitos pastores, talvez intimidados pela novidade que eles trazem para a vida da diocese e das paróquias.

O Santo Padre está bem ciente desta dificuldade; é por isto que ele exorta os pastores a "não extinguirem os carismas, a serem gratos a eles, mesmo que eles sejam incômodos". É necessária, portanto, uma "conversão pastoral" dos bispos e dos padres, que são chamados a reconhecer que os movimentos são essencialmente um dom precioso e não um problema.

O zelo missionário das novas realidades não vem de um entusiasmo emocional e superficial, mas resulta de experiências muito sérias e exigentes de formação dos fiéis leigos na fé madura, capaz de responder adequadamente aos desafios da secularização. A novidade da sua ação, portanto, não está nos seus métodos, mas na capacidade de reafirmar a centralidade de Deus na vida dos cristãos, uma questão fundamental nos ensinamentos do Santo Padre Bento XVI.

Mesmo para a nova evangelização, vale o velho ditado escolástico: "operari sequitur esse", porque as nossas ações sempre expressam o que somos. A evangelização não é só uma questão de know-how, mas é, principalmente, uma questão de "ser", isto é, de ser cristãos verdadeiros e autênticos.

Os métodos de evangelização que os movimentos e as novas comunidades adotam são aparentemente muito diferentes, muito variados, mas todos se relacionam com as "três leis da nova evangelização", que o então cardeal Ratzinger formulou para catequistas e professores de religião por ocasião do Jubileu do ano 2000.

Primeiro, a "lei da expropriação", ou seja, o não falar em nome próprio, mas em nome da Igreja, mantendo claro que "a evangelização não é apenas um modo de falar, mas um modo de viver": é a clara consciência de que pertencemos a Cristo e ao Seu Corpo, a Igreja, que transcende o eu.

A segunda é a "lei da semente de mostarda", que é a coragem de evangelizar com paciência e com perseverança, sem esperar resultados imediatos, e sempre lembrando que a lei dos grandes números não é a lei do Evangelho. É uma atitude que podemos reconhecer, por exemplo, no trabalho de evangelização realizado por movimentos e novas comunidades nas regiões mais secularizadas da terra.

A terceira "lei" é a do grão de trigo, que deve morrer para dar a vida, que deve aceitar a lógica da cruz. Nessas leis, reside o maior segredo da eficácia dos esforços de evangelização da Igreja em todos os tempos.

(fonte Zenit)

Universitários e profissionais do Nordeste se reúnem em novembro



Entre os dias 15 a 18 de novembro, universitários e profissionais católicos carismáticos do Nordeste estarão reunidos no III Encontro Regional Universidades Renovadas – ERUR-NE, que acontece Ginásio do Colégio Diocesano, em Penedo/AL.
Com o tema “Apascentais as minhas ovelhas” e o lema “Pela fé, confirmai vossa vocação e eleição para a missão” (2 Pd 1;10-11), o evento é promovido pelo Ministério Universidades Renovadas com uma a proposta que mescla momentos de espiritualidade com atividades de cunho científico-reflexivo. Dessa forma, diversas autoridades eclesiásticas e acadêmicas estarão presentes como o bispo da Diocese de Penedo, Dom Valério Breda, o Arcebispo Metropolitano de Maceió, Dom Antônio Muniz, além de reitores de quatro instituições de ensino superior: Prof. Dr. Eurico Lobo (UFAL), Prof. Jairo José Campos (UNEAL); Prof. João Rodrigues Sampaio Filho (FEJAL) e Prof. Dario Arcanjo (FITS).
Nessa perspectiva, o III ERUR-NE tem o intuito de contribuir com a construção de uma nova sociedade, fomentando a formação de profissionais à luz do Evangelho “Precisamos levantar profetas de diversas áreas do conhecimento para a construção da Civilização do Amor na nossa sociedade”, diz Witamar Agostinho, coordenador regional do MUR/NE.


Programação


A programação do III ERUR-NE busca oferecer aos participantes momentos fortes de espiritualidade carismática e produtivos debates acadêmicos. Além de orações, pregações, missas e Adoração ao Santíssimo Sacramento, os universitários e profissionais também poderão participar da II Mostra Científica MUR/NE, em que serão apresentados trabalhos produzidos pelos estudantes de graduação de diferentes instituições de ensino superior, e das mesas temáticas que discutirão assuntos como sustentabilidade social, violência, violência contra a criança e a mulher, conjuntura política do Brasil e fé e razão.
Para facilitar a participação de universitários e profissionais que são pais, acontecerá em paralelo o II Erurzinho que oferece atividades de recreação e evangelização para as crianças.


Inscrição


A inscrição, até o dia 15 de outubro, tem o valor de R$ 65,00 (inclui a participação no evento, hospedagem em casas de família ou alojamento coletivo e alimentação) e pode ser feita através do site erur-ne2012.universidadesrenovadas.com

350 milhões de cristãos são perseguidos ou discriminados no mundo

Um total de 350 milhões de cristãos são perseguidos ou sofrem discriminação em 90 países do mundo, dos quais 200 milhões são objeto de alguma forma de perseguição e 150 milhões vivem em países onde são descriminados, indicou o diretor da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) na Espanha, Javier Menéndez Ros.

Neste sentido, o diretor apontou que o perfil do cristão perseguido é "muito variado", mas que em países de maioria islâmica ou onde representam um 0,1 ou 0,2 por cento do total da população, trata-se de "um cristão que vive de uma forma alegre sua fé, às escondidas às vezes, em dificuldades, mas com um imenso amor a seus irmãos de outras religiões".

Assim afirmou o encarregado durante a apresentação do relatório 'Liberdade religiosa no mundo' correspondente aos anos 2011 e 2012. Além disso, em um vídeo emitido pela apresentação do estudo, especifica-se que os cristãos supõem 75 por cento do total dos 466 milhões de fiéis perseguidos ou discriminados em todo o mundo e se destaca que, entre o ano de 2003 e 2010, os ataques terroristas contra os cristãos aumentaram em "309 por cento".

Igreja destruída no Iraque
Concretamente, Menéndez Ros apontou que a liberdade religiosa, longe de melhorar nestes últimos dois anos, tem diminuído, e destacou o caso de países como Líbia, Egito ou Tunísia onde se gozava de "uma certa estabilidade política e uma certa proteção das minorias", mas que agora, como resultado da Primavera Árabe, a situação de insegurança pública levou a que muitos cristãos, como os coptos no Egito tenham tido que fugir.

Além disso, indicou que na Líbia, uma das primeiras declarações do novo governo foi a instauração da Lei Islâmica "em sua forma mais radical que afeta os direitos fundamentais de expressar publicamente o credo e de converter-se a religiões distintas ao Islã".

Sobre o caso da Síria, o responsável de comunicação da AIS, Javier Fariñas, indicou que é necessário ser "muito prudentes" porque há muito tempo existem "vai-e-vens" que fazem que o futuro do país seja "incerto", mas afirmou que a Primavera Árabe tem levado ao fim de regimes políticos muito duros, mas essa queda porém "não supôs a chegada de uma liberdade sobretudo para as minorias".

Do mesmo modo, Menéndez Ros denunciou a Lei da Blasfêmia no Paquistão e enumerou alguns países africanos que estão sofrendo uma "radicalização na expressão de seu islamismo" como o Quênia, com ataques contra Igrejas protestantes e católicas; Mali, que está convertendo-se, conforme assinalou, em um "ninho de formação terrorista que nutre a África de jihadistas, o Oriente Médio e a Ásia"; ou a Nigéria, onde são atacados não só os cristãos com atentados às Igrejas e assassinatos mas os próprios muçulmanos.

Igualmente, manifestou a falta de respeito à liberdade em geral e à religiosa em particular na China onde, conforme aponta o relatório, aumentou a pressão aos bispos para que compareçam aos atos da igreja oficial patriótica, ou APC (NdT: Associação Patriótica Chinesa: órgão subordinado ao partido comunista chinês que vem casusando rupturas com Roma pelos casos de ordenações episcopais sem mandato pontifício).

O caso da Espanha: violação aos sentimentos religiosos

Como exemplo da realidade da liberdade religiosa da Europa, citando o caso da Espanha, embora tenha advertido de que exista liberdade religiosa, Menéndez Ros sublinhou que o respeito aos símbolos e sentimentos religiosos da nação "está sendo violados sistematicamente" através de manifestações como filmes ou exposições fotográficas que, conforme precisou, "em teoria defendem a liberdade de expressão, mas na prática atacam os princípios cristãos, crenças e sensibilidades mais básicas".
Para o diretor da AIS na Espanha, esta situação é "preocupante " somando-se ao fato de que "há uma cada vez mais maior discriminação da presença dos cristãos na ordem pública" provocando uma marginalização "bastante notável".

Neste sentido, referiu-se às caricaturas sobre Maomé que ele rechaça "profundamente" assim como "qualquer ofensa a qualquer religião e qualquer dos seus símbolos".

"Não vamos responder com bombas, mas pedimos esse respeito", sublinhou.

Não obstante, destacou que, apesar de que na Europa tenha crescido o "laicismo mais agressivo", também aumentou a "conscientização" sobre a perseguição e discriminação religiosa por parte do Parlamento Europeu graças à influência de grupos católicos. Entretanto, Menéndez Ros pediu que as intenções da Eurocâmara não fiquem em "meras declarações", mas que estejam acompanhadas de medidas políticas e sanções diplomáticas e econômicas àqueles países que não respeitem a liberdade religiosa.





sábado, 6 de outubro de 2012


Fico a imaginar como o relativismo a cada dia está a ditar nossas ações referente a nossas atitudes de fé!
A um tempo atrás aprendi que temos que tomar cuidado com as nossas atitudes. E muitos "pregadores da palavra de Deus", dizia sem césar ( Tudo me é permitido, mas nem tudo me convêm). Porem pergunto aqui a quem quiser responder: O que é permitido? O que me convêm? Hoje nesse relativismo, o que é errado para um é normal para outro. Onde curtir um festival de inverno para uns é pura diversão, alegria, direito de festejar, para outros é inferno.
Eu prefiro ficar com a pureza das respostas das crianças...
Anselmo Marciano
Em tudo Deus fala!


Quero começar essa pequena reflexão sobre esse momento eleitoral que estamos vivendo. Momento esse que fala por se, pois a cada dia estamos nessa “loucura” de acreditar nas pessoas. Sim loucura, pois só os loucos amam de verdade. “ Amai uns aos outros como eu voz amei” Frase de um louco apaixonado, deu tudo por minha salvação, sua salvação, nossa salvação. Deu tudo, todo, sem que ao menos perdidíssimos, pois na verdade não merecíamos tamanho amor. (loucura)

Para mim um politico eleito tem o dever de também dá tudo e todo para o bem comum.

Domingo iremos mais uma vez para urnas escolher nossos representantes municipais que ficarão no poder Executivo (Prefeito) e Legislativo (Vereadores), por mais 04 anos e eu sei que muitos não sabem em quem na verdade acreditar, quem escolher, em quem votar. São tantas propostas, projetos, candidatos que nem conseguirmos analisar direito, e as vezes só nos resta mesmo o poder de acreditar na esperança de dias melhores. Dias melhores esse que vale a força do meu voto, do seu voto, do nosso voto.

Manisfesto aqui minha esperança de dias melhores, e peço a todos que fazem valer a pena a força do voto. Vote certo, consciente, na esperança também de dias melhores. Sei que não é fácil, pois assim como eu, você também deve ter ficado na duvida de quem escolher, mas te dou um dica, ore, reze, suplique a Deus por sinais para saber em quem votar, e observe, pois em tudo Deus fala E hoje eu sei com certeza em quem vou votar, exercer minha cidadania. Então antes de ir as urnas faça isso. E se ainda tiver duvidas sobre seu candidato, observe sua trajetória, sua vida publica e particular, sua roda de amigos, sua família... Sim tudo! Pois é ai nas entre linhas que você ira perceber, e Deus vai te mostrar quem você deve votar.

Eu já decidi pelo meus representantes, e espero que você também escolha o seu, e juntos na graça de Deus, possamos ver dias melhores, uma civilização de amor e do amor!

Abraços e que Deus te abençoe!

Anselmo Marciano.

06/10/2012