terça-feira, 30 de abril de 2013

A armadura de Deus: Orar no Espírito


Como estudamos na Carta de São Paulo aos Efésios e especificamente no capítulo 6,10-18, somos guiados e instruídos por alguns conselhos espirituais para que possamos resistir aos ataques do inimigo que procura destruir as almas eternas de todos os homens e mulheres. São Paulo, nesta passagem clara e sucinta das Sagradas Escrituras, que chegou até nós através dos tempos, apresenta um ensinamento claro e eficaz ao qual devemos aderir. Lembrando-nos de que devemos, em primeiro lugar, buscar nossa força no Senhor e em seu poder (EF 6,10), São Paulo passa a relacionar as peças da armadura que um soldado romano usava para defender-se e também para atacar o inimigo, e os usa simbolicamente para nos ensinar como devemos usar a armadura espiritual que Deus nos deu para nos defender e derrotar o inimigo.
São Paulo então conclui com uma exortação à oração: “Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos”. Através do derramamento do Espírito Santo em Pentecostes e da promessa de que “A promessa é para vós, para os vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus” (Atos 2,39), podemos fortalecer-nos no Espírito Santo e usar os dons que Ele deu à Igreja, especialmente o dom da oração em línguas, como um meio para combater os ataques de Satanás e seus demônios, dos principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso” (Ef 6,12).
A oração é uma arma poderosa em nosso arsenal espiritual, mantendo-nos firmemente enraizados na única fonte de poder disponível para nós, ou seja, Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo, nosso Salvador e Redentor; Aquele que derrotou Satanás e todos os seus domínios. Assim, São Paulo nos exorta a usar orações e petições de todo tipo.
Comecemos com este dom surpreendente de oração que flui para nós através da ação do Espírito Santo — o dom da oração no Espírito. Nele, ignoramos nossa própria inteligência e conhecimento, entrando em uma profunda união com o coração e a mente de Deus. Nesta forma de oração, estamos literalmente tocando na perfeição da oração que fortalece e edifica a alma daquele que está rezando. “Aquele que fala em línguas edifica-se a si mesmo”. (1 Cor 14,4)
Todos nós, às vezes, sentimos dificuldade em orar. Nossa linguagem e intelecto humanos falham em expressar o gemido de nossas almas, especialmente em tempos de grande provação, dor, sofrimento ou ataques espirituais. O inimigo, procura confundir a alma para semear sementes de dúvida e até de desespero. Rapidamente ficamos sem palavras em nosso próprio idioma, mas ao usar o carisma de línguas, a alma abandona-se ao coração de Deus e o próprio Senhor forma os gemidos que saem de nossa boca como se fosse uma linguagem oculta expressando Sua oração mais perfeita nas situações que enfrentamos.
São Paulo nos exorta a “rezar constantemente”, a perseverar na oração. Mais uma vez, em nossa condição humana, desistimos facilmente de orar, muitas vezes orando no Espírito por apenas alguns minutos ou até menos, alguns poucos segundos.
Muitos de nós só usamos este carisma quando estamos em uma reunião de oração pública, raramente usando-o, se usamos, em nossa oração pessoal ou ao longo do dia. Deus nos deu esse dom, não apenas para nossa edificação pessoal, mas também como um meio de intercessão.
Deus, que conhece cada necessidade, nos convida a participar na obra da salvação. Perante as necessidades esmagadoras do mundo, seríamos esmagados pela enormidade da batalha que está ocorrendo à nossa volta.
No entanto, usando este dom de línguas, nossa oração no Espírito transcende o natural e une-se ao Deus Todo-Poderoso e Seu desejo pelo mundo.
Portanto, cultivemos novamente este dom de línguas, rezando no Espírito durante o dia, mantendo-nos sempre em união com o Espírito Santo e Sua obra de construir o corpo de Cristo, a Igreja.
Cada vez mais, até mesmo dentro da Renovação Carismática Católica, o uso dos carismas tem diminuído em algumas áreas ao ponto de não ouvir-se mais a manifestação do dom de línguas. Seria uma tragédia se, mais uma vez, permitíssemos que estes dons morressem na vida da Igreja. Eles nunca serão totalmente extintos, mas o Espírito Santo tem sido derramado sobre nós nesta grande renovação que tem se espalhado no mundo e que nos foi dada por Deus, especificamente para estes tempos graves e perigosos em que vivemos.
Não devemos considerá-los sem seriedade ou colocá-los de lado, como se fossem supérfluos, em nossos relacionamentos com Deus. Até São Timóteo foi chamado a “reavivar a chama do Dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos” (2 Tim 1, 6). Nós também devemos reavivar a chama do dom de Deus, em um zelo e desejo ardente para que os dons de Deus sejam renovados em nós a fim de podermos cumprir os planos de Deus para nós e para Sua Igreja nesta era.
Alguns considerariam o dom de línguas como o menor entre os dons, mas São Paulo deseja que todos falemos em línguas (1Cor 14,5).
Ele afirma: “Graças a Deus que possuo o dom de línguas superior a todos vós” (1 Cor 14,18).
Se permitimos que este dom tenha diminuído em nossa vida de oração pessoal, arrependamo-nos e manifestemos este dom diariamente, usando-o como uma arma poderosa contra as táticas do inimigo.
Para aqueles que nunca usaram este dom ou sentem que Deus não lhes deus este dom, você poderia perguntar: “Como receber este dom da oração?” Basta pedir, conforme Cristo nos instruiu em Lucas 11,10-13.
Coloque seu coração nos dons espirituais, como Paulo nos instrui em 1 Cor 14,1. Lembre-se que, para a manifestação deste carisma, devemos fazer a parte natural e Deus faz o sobrenatural. Para orar no Espírito, temos que abrir nossas bocas e formar sons usando nossas cordas vocais.
O Espírito Santo formará então estes sons em línguas desconhecidas e conhecidas, formando uma oração perfeita à medida que colocamos nossa total confiança em Deus.
Um exemplo de Deus usando o natural sobrenaturalmente pode ser visto quando Pedro caminha sobre as águas. Jesus convida Pedro a ir até Ele sobre as águas. Pedro fisicamente sai da barca e caminha naturalmente. Cristo faz o sobrenatural, mantendo Pedro na superfície. Somente quando Pedro desvia seu olhar de Cristo é que ele começa a afundar.
Da mesma forma, nós também devemos manter nossos olhos em Jesus, formando os sons e permitindo que o Espírito Santo faça o sobrenatural.
São Paulo fala que devemos rezar usando orações e petições de todo o tipo. Concentramo-nos inicialmente no carisma de orar no Espírito. Isto não nega, absolutamente, as muitas outras formas de oração que Deus nos deu para lutar contra a ação do inimigo. A oração formal usada com atenção nós dá palavras em uma linguagem compreensível para nos ajudar a concentrar nossos pensamentos enquanto oramos.
A oração mais perfeita é o Pai Nosso, que nos dado pelo próprio Cristo Jesus em resposta a um pedido do Apóstolo: “Senhor, ensina-nos a rezar”.
O Pai Nosso inclui uma oração de libertação e proteção contra o inimigo. Satanás despreza essa oração, portanto, use-a com freqüência, pronunciando cada palavra e frase com atenção.
Naturalmente, dentro do Rosário, o Pai-Nosso precede cada dezena e Maria, que é a inimiga de Satanás, (Gen 3,15), consistentemente tem exortado seus filhos a usar o Rosário como uma arma poderosa nessa guerra espiritual. Em minha própria vida, nos momentos de grande tensão e crise, tenho me voltado para Maria, rezando o Rosário a fim de trazer paz e confiança para minha alma.
Até mesmo o ato físico, de passar conta por conta no terço, restaura a calma em nosso corpo, alma e espírito.
A Eucaristia é a fonte e o ápice da vida Cristã; a mais alta forma de oração que nos auxilia diariamente a nos mantermos fiéis e assim poder enfrentar cada ataque em nossas vidas. Jesus está verdadeiramente conosco no Corpo, Sangue, alma e Divindade. A Eucaristia é verdadeiramente um vislumbre do céu aqui na terra (Ecclesia de Eucharistia, 19). A Missa e comunhão diárias são a própria fonte de nosso pão de cada dia, o corpo de Cristo. Podemos diariamente nos aproximar de Jesus, presente no Tabernáculo ou exposto no Santíssimo Sacramento, usando a oração no Espírito para nos unir a Cristo.
Existem muitas outras orações que podemos usar nesta batalha espiritual aproveitando a riqueza da nossa herança católica: A oração para São Miguel, Lembrai-vos (Memorate), Via Sacra, Ladainhas especialmente ao Sagrado Coração de Jesus.
Deus, em seu amor por nós, equipou-nos para esta hora e lugar. Nós, assim como aqueles que vieram antes de nós, devemos continuar a lutar esta guerra pelas almas da humanidade até que Cristo retorne em glória.
Perseveremos até o final, como São Paulo fez e nos deu o exemplo: “Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo”. (1 Cor 11,1)

"Diga aos membros da Renovação Carismática que eu os amo muito"

Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, presidiu ontem a missa que encerrou o segundo dia da 36ª Assembleia Nacional italiana da Renovação Carismática, em Rimini.

Antes da missa, Fisichella transmitiu uma mensagem inesperada, que, literalmente, fez explodir de alegria os quinze mil presentes. Após o sinal da cruz, ele dirigiu a todos a saudação afetuosa do papa Francisco. "Antes de começar esta celebração, eu trago a vocês uma saudação. Esta manhã, antes de sair, eu encontrei o papa Francisco e lhe disse: Santo Padre, vou a Rimini, onde estão reunidos milhares e milhares de fiéis da Renovação Carismática, homens, mulheres, jovens. O papa, com um grande sorriso, me disse: Diga a eles que eu os amo muito. E como se não bastasse, antes de se despedir ele acrescentou: Escute, diga a eles que eu os amo muito porque na Argentina eu era o responsável. E por isso eu os amo muito".

Em sua homilia, Fisichella dedicou palavras de afeto aos participantes do grande encontro, agradecendo-lhes "pela grande obra de nova evangelização que já estão realizando há um longo tempo", mas que "se abre diante do esforço de todos através do Plano Nacional para a Nova Evangelização, que passa a ser a bússola para trabalhar e agir no coração da Igreja".

Em sua pregação breve e concreta, dom Rino focou em seguida no "trabalho" da nova evangelização e na figura de Jesus como "o mestre que nos acompanha e que não nos abandona, num mundo em que tantas vezes o cristão tem que andar na contramão".

Ele também lembrou que Jesus é a "revelação que indica o caminho que Deus sempre planejou para nós". E acrescentou: “A pergunta de Tomás é a nossa pergunta: Senhor, Tu és o caminho, mas como podemos conhecê-lo?".

"O segredo da nossa existência, a realização plena da felicidade, vem quando aceitamos o plano de Deus para nós e o colocamos em prática. Mas nem sempre o que o coração entende chega a uma realização plena e concreta".

Uma "realização", enfatizou o bispo, que só se encontra em Cristo, que nunca nos deixa sozinhos: "Ele é a via para sabermos quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Ele nos mostra o objetivo". A nova evangelização, portanto, "nos chama a fazer da fé a nossa certeza, a construir a vida em Jesus Cristo".

O testemunho, por isso, disse o presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, "não pode negligenciar a proclamação da esperança da ressurreição, que contrasta com a tendência da cultura da morte, na qual a falta de Deus remove toda perspectiva e direção futura. Temos que nos tornar peregrinos: o objetivo é Ele, Jesus. É com este objetivo que temos que nos reunir".

Fonte: Zenit

sábado, 27 de abril de 2013

PRECISAMOS DO ESPÍRITO SANTO.



Estamos nos aproximando de uma festa muito significativa para nós: Pentecostes. O Padre Eduardo Braga (Dudu) nos fala da atualidade de Pentecostes e do quanto precisamos ser repletos do Espírito.
Que é o homem sem o Espírito de Deus? Obra morta condenada ao fracasso, corpo sem vida. É o Espírito Santo que possibilita ao homem a reinstalação no paraíso, a subida de novo aos céus, o retorno a adoção de filho. Ele que nos permite chamar Deus de Pai, que nos faz adentrar no mistério de Cristo morto e ressuscitado, nos faz tomar parte na glória.
Esta é a mística de Pentecostes: Deus em nós! O Espírito de Deus é enviado ao nosso espírito. Isto é a graça! Deus mora em nós e nos possibilita a viver como homens espirituais!
Ele é o Consolador perfeito e o Advogado dos pobres! O ardor poderoso do Espírito retira as almas tíbias do abismo da morte. Ele é, conforme a mais antiga definição de fé da Igreja, o “Senhor que dá a Vida”.
Espírito escondido na criação, anunciado pelos profetas, prometido por Cristo é o mesmo Espírito derramado em abundância sobre os apóstolos e a Igreja que nascia como nos descreve o Livro dos Atos dos Apóstolos. Pentecostes não acabou! É um movimento divino permanente! Enquanto houver um homem que precise da força de Deus, o Espírito deseja ser derramado sobre esta alma. Espera apenas um convite: “Vem!”
Nossa união com o Espírito Santo é absolutamente real, a tal ponto de tornar-se Ele verdadeiramente “nosso”. Ser movido pelo Espírito é, com efeito, atingir uma intimidade com Cristo e o Pai, que de outra maneira nunca seria adquirida. É preciso aproveitar este derramamento do Espírito e este tempo pentecostal que vivemos tão fortemente na Igreja de Cristo no início deste novo milênio. Visitados, inundados e transformados pelo Espírito queremos sempre permanecer.  Como Elena Guerra, queremos orar: “Que minha vida seja um constante nascer e renascer no Espírito”.
Aproveite bem o Pentecostes que Deus vai derramar este ano sobre você. Este é o meu desejo!
Pe. Dudu

Os Sete Dons do Espírito Santo.


Jesus, o filho Unigênito do Pai, é o Cristo, o Ungido! Veio a nós, diz o Evangelho de São João, porque “Deus amou o mundo de tal maneira que lhe deu seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna, pois Deus não enviou seu filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele”. Ele se encarnou, no seio da virgem Maria, por obra do Espírito Santo; sua vida pública iniciou-se quando o Espírito se manifestou “em forma de pomba” sobre a sua cabeça. Conduzido pelo Espírito Santo, Jesus foi ao deserto, e cheio da força do Espírito Santo Jesus foi a Nazaré e levantou-se para ler as seguintes palavras:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me  para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor”.
Por meio de sua imolação na cruz, Jesus resgatou para Deus, ao preço de seu sangue, homens de toda tribo, língua, povo e raça, e deles fez para nosso Deus um reino de sacerdotes, que reinarão sobre a terra (Cf. Apo 3, 9-10). Esta graça, por sua vez, é-nos comunicada por meio do Sacramento do Batismo (Baptizein, no grego, significando imersão, submersão) “ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte?”, pergunta o Apóstolo Paulo aos Romanos. O Apóstolo prossegue: “Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova. Se fomos feitos um mesmo ser com ele por uma morte comum ressurreição” (Cf. Rm 6, 4-5).
O Sacramento do Batismo é a fonte da graça santificante, a “in-habitação” do Espírito Santo, tornando-nos Seu Templo! É o Espírito do Filho Unigênito que nos faz clamar “Abbá, Pai”.
Atentemos, contudo, para o versículo quinto do capítulo sexto da carta aos Romanos: “Somos feitos o mesmo ser com ele”! O Espírito de Filiação (posto que pertence ao filho unigênito), é dado a nós, e o seu efeito é como que um “enxerto na Videira Verdadeira”. Somos “assimilados”, integrados ao próprio Cristo, formando um só Corpo com Ele. Tudo o que Ele é e tudo o que Ele conquistou passa a ser nossa Herança, graças ao Seu Espírito que nos anima!

O Apóstolo João diz, no Capítulo quinto, versículo sexto do Apocalipse: “Eu vi no meio do trono, dos quatro Animais e no meio dos Anciãos um Cordeiro de Pé, como que imolado. Tinha ele sete chifres e sete olhos que são os sete Espíritos de Deus, enviados por toda a Terra”. Este Espírito, que habita no Cordeiro, possui sete graças, sete dons que nos configuram a Jesus Cristo (principal missão do Espírito).

“Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes. Sobre ele repousará o Espírito do Senhor”, diz o Profeta Isaías, e prossegue narrando os “Sete Espíritos de Deus”: “... Espírito de Sabedoria e de Entendimento, Espírito de Prudência e de Coragem, Espírito de Ciência e de Temor ao Senhor. (Sua alegria se encontrará no temor ao Senhor)”. À lista desta versão da bíblia com os seis dons, a versão da Vulgata e a tradução grega dos 70 (Septuaginta) acrescem a piedade, eliminando a dupla menção do temor de Deus e obtendo assim o número de sete.
Quando recebemos o Sacramento do Batismo, portanto, somos agraciados pelos dons desta “in-habitação”, chamados, por isso, de Dons de Santificação. Recebemos o Espírito de Cristo que atua em nós num processo de configuração com a Pessoa do Filho Unigênito, através da ação dos Seus sete dons.
Entre os dons do Espírito Santo, o dom da Ciência ocupa o primeiro lugar, pela sua importância na vida espiritual. O dom da Ciência faz com que se substitua a mentalidade mundana, isto é, meramente humana, pela maneira de ver de Deus. A alma passa então a julgar todas as coisas à luz da fé, e compreende com toda a nitidez o fim sobrenatural do homem e a necessidade de subordinar-lhe todas as realidades terrenas.
dom do Conselho tem por finalidade aperfeiçoar a virtude da prudência, fazendo com que a alma possa discernir de imediato o que deve fazer ou deixar de fazer, tanto no que diz respeito à sua própria conduta como à do próximo.Trata-se como que de um conjunto de raciocínios iluminados pela graça de Deus que nos mostra de maneira nítida e precisa o que convém fazer ou evitar de fazer em determinadas circunstâncias. Esse “golpe de vista” tão preciso, é resultado do estudo e da reflexão, mas é também como que um “instinto sobrenatural” que provém do dom do Conselho.
dom do Entendimento é uma disposição sobrenatural da alma que lhe permite captar e compreender de maneira extremamente clara e como que por intuição determinados mistérios de nossa fé ou até mesmo passagens das Sagradas Escrituras. Sob o influxo desse dom a alma penetra de maneira extremamente clara nos mistérios revelados, capta o alcance das verdades mais profundas da fé, deixa-se conduzir por caminhos de uma oração sempre mais vivenciada.
dom da Sabedoria pode ser definido como uma disposição sobrenatural da inteligência que leva a dar valor àquilo que diz respeito às coisas de Deus e à glória de seu nome. " A sabedoria vale mais que as pérolas e jóia alguma a pode  igualar " (Prov 8, 11). O dom da sabedoria não se aprende nos livros, mas é comunicado à alma pelo próprio Deus, que ilumina e enche de amor a mente, o coração, a inteligência e a vontade.
dom da Piedade consiste numa disposição sobrenatural da alma que a inclina, sob a ação do Espírito Santo, a comportar-se nas suas relações com Deus como uma criança muito carinhosa se comporta com seu pai, por quem se sabe imensamente amada e querida.
dom da Fortaleza é a capacidade que o Espírito Santo nos dá de viver e suportar as provações e de uni-las às provações de Cristo. A alma totalmente entregue ao Espírito Santo encontra, no dom da Fortaleza, uma disposição sobrenatural que a torna capaz de empreender as ações mais difíceis e de suportar as provas mais duras por amor a Deus e pela glória de seu nome.
dom do Temor de Deus é uma disposição sobrenatural da alma que a faz experimentar um imenso respeito por Deus e uma complacência sem limites na sua bondade de Pai. Não se trata de temor servil, nem de temor de desagradar, mas de temor reverencial: Deus é tão grande, tão todo-poderoso, que queremos servi-lo e amá-lo de todo coração porque Ele é nosso Tudo.
"Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim " (Gal 2,20)
Fonte: Marcos Volcan -  Informativo ICCRS

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O QUE É MINISTÉRIO?


“Foi o Concílio Vaticano II (1962-1965) quem, de maneira inspirada e mais profética que sistemática, enfatizou que, a Igreja, para ser autenticamente evangélica e continuar a missão de Cristo, precisa estar inteiramente voltada para o serviço, havendo de ser toda ministerial, considerando a distribuição desses serviços (ou ministérios) como tese fundamental e condição essencial da sua fidelidade ao Evangelho.
Tanto nos documentos papais como naqueles das conferências episcopais e escritos após o Concílio, pode-se afirmar que foi com certa ‘prudente morosidade' que o assunto foi sendo tratado, e assim mesmo, a princípio, considerando acentuadamente mais os ministérios tidos como hierárquicos (conferidos pelo sacramento da Ordem) do que os ministérios em sua concepção de destinados a todos, na Igreja.”
“Aos poucos, porém, a reflexão foi despertando interesse entre os teólogos e estudiosos do mundo todo, ganhando corpo e espaço nos escritos da produção literária e religiosa em geral.
No âmbito da Renovação Carismática Católica, o processo não tem sido outro, com detalhe de que o enfoque dado à reflexão sobre o assunto parece ater-se mais (ainda que de maneira não exclusiva e tampouco - com exceções muito aprofundada) às implicações do uso do termo em relação aos ‘serviços específicos’ da própria Renovação (entendendo-se aqui, por específico, a maneira como a RCC organiza, nela, os ministérios).”
“Na Igreja existe, desde suas mais remotas origens, uma importante variedade de serviços, funções e tarefas que recebem o nome genérico de ministérios (do latim ministerium, serviço). Estes ministérios estão na base da estruturação da Igreja e são, sem dúvida alguma, um dado fundamental para essa estruturação. Neste sentido, já a primeira carta aos Tessalonicenses recorda “aqueles que trabalham entre vós, que vos dirigem no Senhor e vos admoestam” (1Ts 5,12). Além disso, em diversas cartas, Paulo, enumera os dons, as atividades e as diversas funções na Igreja (Rm 12, 6-8; 1Cor 12,4 –11; 28-31; 14,11-12). Dentre estas diversas atividades ou cargos, Paulo destaca três ministérios ou serviços: os apóstolos, os profetas e os doutores(ou mestres) ( 1Cor 12, 28; cf. Ef 4, 11)”.
Ministério significa servir, prestar auxílio, prestar serviço, é um termo oficial, reconhecido e consagrado. Ministério é, pois, aquela organização e missão ministerial, oficializada pela hierarquia da Igreja, quer baseada na autoridade da revelação divina ou simplesmente na autoridade eclesial.
MINISTÉRIO DE FORMAÇÃO
“O ministério de formação, de doutores ou mestres tem por finalidade, despertar nas pessoas a consciência da necessidade de uma formação séria, consciente e que, realmente, leve à maturidade os membros do movimento carismático, convertendo toda a personalidade do indivíduo ao Evangelho. Através do Batismo no Espírito Santo, elemento constitutivo da formação, que renova no interior do homem ou da mulher, o gosto pelas coisas de Deus, vontade de ler e meditar a Escritura, a compreensão do ministério da Igreja, um novo significado para a oração e uma singular disposição para a mudança e para o aprendizado, sem o qual não haveria formação. O Espírito Santo predispõe o homem à formação e a constrói gradativamente. Toda formação, portanto, só será autêntica se assaz permeada pelo poder do Espírito Santo, em sua ação discreta ou ostensiva.” .
O Ministério de Formação é uma sistemática padronizada, apreciação do ensino, aprendizagem, um serviço contínuo de capacitação, renovação e atualização de servos/líderes para que atuem na RCC e na Igreja exercendo sua vocação com espiritualidade, qualidade e competência.
A Formação na RCC é a aquisição de novos conhecimentos de nossa religião - fortalece a fé, torna a pessoa perseverante na oração e no compromisso do seguimento de Jesus para vencer as dificuldades e discernir o que é verdadeiro ou não, frente a falsos modelos da cultura contemporânea.
Você já viu alguém receber um diploma universitário sem primeiro ter cursado o primário? O MÓDULO BÁSICO é a base do sistema (como se fosse o primeiro grau escolar), onde se aprende o que é a RCC, como surgiu, qual sua estrutura e funcionamento, sua Identidade, Carismas, Grupo de Oração, Oração, Santidade, Liderança, Igreja, Doutrina Social da Igreja, por isso deve ser cursado por todos.
ESCOLA PERMANENTE DE FORMAÇÃO
A Escola Permanente de Formação não é um local e sim um ambiente onde se vive como corpo de Cristo (cf. Ef 4,10-13), não é como a escola civil onde se têm provas e se é declarado reprovado ou aprovado ao final do ano, ela é uma escola carismática, onde a graça tem que acontecer. A semente da formação que foi lançada nos corações precisa criar raízes, crescer e produzir frutos na vida nova. Para isso devemos pedir a graça de Deus que renova e transforma todas as coisas, para que possamos passar da teoria à prática. Nesses encontros deve haver oração, o Batismo no Espírito Santo, cura e libertação de acordo com a moção do Espírito.
A Escola Permanente de Formação (EPF) deve começar em nível Diocesano (com os multiplicadores – aqueles que já cursaram o Módulo Básico e, sentem-se chamados ao ministério da formação) e se estender às Escolas Regionais e até mesmo Paroquiais de acordo com as necessidades locais. A EPF é de responsabilidade do Núcleo Diocesano de Formação, este deve promover encontros que se destinem a Formação de Formadores (multiplicadores) que possibilitará um efeito multiplicador. O objetivo é que a Formação chegue o mais próximo possível no Grupo de Oração; o ideal seria que cada Grupo de Oração tivesse uma Escola de Formação.
Chama-se ESCOLA PERMANENTE pelo fato de ser uma formação contínua, isto é, turmas vão chegando, turmas vão passando semelhantes às escolas civis tradicionais. O mundo em que vivemos exige de nós o testemunho de uma autêntica vida cristã carismática onde o aprendizado torna-se uma necessidade perene.
A ESCOLA PERMANENTE DE FORMAÇÃO será composta pelo Núcleo Diocesano de Formação que deve receber, inicialmente, a formação de um Núcleo Nacional ou Estadual. Este Núcleo vai formando multiplicadores que organizarão e repassarão os ensinos em Escolas locais formadas de acordo com as necessidades em Grupos de Oração, em Capelas, em Paróquias, em empresas, etc.
A ESCOLA PAULO APÓSTOLO surgiu com a Ofensiva Nacional para suprir a falta de uma formação organizada na RCC, sendo ministrada pela então Secretaria Paulo Apóstolo. Após a mudança do nome Secretaria para Ministério a Escola Paulo Apóstolo passou a chamar-se simplesmente ESCOLA DE FORMAÇÃO que hoje está sob a responsabilidade do MINISTÉRIO DE FORMAÇÃO.
IMPLANTAÇÃO DA ESCOLA PERMANENTE DE FORMAÇÃO:
1. Compor o Núcleo Diocesano de Formação que coordenará toda a Formação Básica;
2. Os componentes desse Núcleo deverão ser discernidos pelo Conselho Diocesano da RCC;
3. Preparar a equipe de Formadores (multiplicadores);
4. Formar formadores através da aplicação do Módulo Formação de formadores montado pelo Ministério Nacional de Formação;
5. Fazer o levantamento das regiões (paróquias, capelas, etc) onde se iniciarão as Escolas (quantas serão necessárias);
6. Fazer o levantamento dos servos daquele setor para ver que formação tiveram e assim estabelecer que formação deverão receber para assim organizar as turmas;
7. Fazer o levantamento das pessoas que freqüentam a Reunião de Oração, que desejam formação. O requisito básico é que a pessoa tenha feito pelo menos um retiro de experiência de oração na RCC (retiro de primeiro anúncio);
8. Pessoas de outro movimento podem freqüentar a Escola de Formação que sempre deve ser aplicada de acordo com a Identidade da RCC;
9. Organizar uma boa equipe de serviço para cada turma (pode ter elementos que são também alunos) que acompanhará sempre os alunos em suas necessidades, acolhida, presença, trabalho em equipes, pastoreio, avaliação, etc.
10. Organizadas as turmas, combinar, de acordo com as possibilidades, o local, a noite ou o dia da semana (ou os finais de semana), horário, etc., a fim de fazer o calendário anual da Escola (cada aluno deve ter bem claro isto para se organizar);
11. Fazer a reunião de apresentação dos formadores da turma (dois ou três para criar vínculo e comprometimento com os alunos), explicar e motivar bem, levá-los a entender a formação, não como uma obrigação mas como uma necessidade para o crescimento pessoal; qual a duração do curso, a necessidade de freqüência, etc, e;
12. O Núcleo de Formação Diocesano deve acompanhar de perto o andamento de cada Escola, ele é o responsável por ela.
13. Poderão ser disponibilizados diversos horários de Formação na Escola permanente de Formação. Devemos criar oportunidades para que todos tenham acesso à Formação. Formações à tarde, pela manhã, em dias de semana;
14. É fundamental, o Planejamento anual das Formações.
Quanto mais o Conselho Diocesano e o Núcleo de Serviço de cada Grupo de Oração estiverem motivados, envolvidos e conscientes da necessidade da Formação, melhor será o andamento da mesma.

OBJETIVOS DO MINISTÉRIO DE FORMAÇÃO
1. Ministrar o Módulo Básico (“Formação Paulo Apóstolo”), Módulo de Formação Humana e Módulo de Formação Bíblica para todos os participantes da RCC que já tenham tido uma experiência de Primeiro Anúncio com Deus ( Seminário de Vida no Espírito e/ ou Experiência de Oração);
2. Fomentar uma Formação sólida levando a liderança a perseverar na oração, na busca da santidade, no serviço e na vida comunitária;
3. Criar oportunidades de crescimento na graça e de conhecimento, aliadas à qualidade do ensino e ao aprendizado;
4. Oferecer meios de aprofundamento da Doutrina Cristã capacitando os participantes da RCC a responderem aos diversos desafios do mundo e da sociedade na atualidade;
5. Preparar a liderança da RCC para exercer Ministérios Específicos nos Grupos de Oração da RCC.
6. Resgatar, reacender, aprofundar e guardar a Identidade e o Carisma da Renovação Carismática Católica.

CONTEÚDO DO MINISTÉRIO DE FORMAÇÃO
O conteúdo da formação está distribuído em cinco módulos, composto por apostilas diversas:
Módulo Básico
? Identidade da RCC
? Carismas
? Grupos de Oração
? Oração, Caminho de Santidade.
? Santidade
? Liderança em Serviço na RCC
? Igreja
? Ensino Social da Igreja
Módulo de Formação Humana
? Relacionamento com Deus
? Relacionamento com o outro
? Relacionamento consigo mesmo
Módulo de Formação Bíblica
? Apostilas em fase e elaboração.*
Módulo Reavivando a Chama**
? O Reavivamento do Louvor
? O Reavivamento do Grupo de Oração
? Os Ministérios no Grupo de Oração*
? Maria, simplesmente*
? Grupo de Perseverança*
? Discipulado*
? Liturgia*

Módulo Formação de formadores
1. Encontro I
2. Encontro II
3. Encontro III

* em elaboração
** Esse Módulo não é obrigatório, deverá ser ministrado quando necessário e discernido pelo Grupo de Oração. Poderá ser ministrado por pregadores e coordenadores que não fazem parte, oficialmente, do Ministério de Formação.

MATERIAL DIDÁTICO DO MINISTÉRIO DE FORMAÇÃO
O Ministério Nacional de Formação oferece atualmente:
? Apostilas Módulo Básico,
? Apostilas do Módulo Formação Humana
? Apostila de Apoio Pedagógico,
? Apostilas do Módulo Formação Bíblica
? Apostilas do Módulo Formação de Formadores
? Caderno do Formador,
? Projeto Pedagógico
? Cartilha do Ministério de Formação
? Livros: Coleção Novo Milênio,
? Livros Coleção RCC Responde.
? Fitas k7, fitas VT, CD’s.
? Subsídios para Grupo de Perseverança
? Apostilas do Módulo Reavivando a chama

FUNCIONAMENTO DO MINISTÉRIO DE FORMAÇÃO
o Membros são discernidos pelo Conselho Diocesano da RCC:
? Que já tenham uma caminhada na RCC de mais de um ano
? Que já tiveram acesso ao Querigma
? Que dêem testemunho de vida
? Que vivam a espiritualidade carismática da RCC
? Que tenham vocação para a Formação/Ensino
o Reuniões semanais do Ministério de Formação a nível Diocesano, para:
? Oração
? Partilha
? Estudo do conteúdo dos Encontros
? Programações
? Preparação dos Ensinos
? Criação de recursos didáticos e de apoio pedagógico
? Formação própria
o Formação para os formadores – Módulo Formação de Formadores: Encontro I, II e III.
o Encontros bimestrais para formação própria do Ministério de Formação Paulo Apóstolo.
o Encontros anuais para Formação e alinhamento com as orientações Nacionais
o Relatórios semestrais para Coordenação do Ministério de Formação a nível Estadual e Nacional dos trabalhos (Encontros) realizados
o Estruturação da Escola Permanente de Formação a nível diocesano e/ou paroquial e/ ou em nível de grupo de oração
o Disponibilização de tempo para Estudo e oração diários para a formação pessoal.

"A vida não nos foi dada para que a conservemos para nós mesmos, mas nos foi dada para que a doemos"

Mais uma quarta-feira de festa na Praça São Pedro no Vaticano; de fato mais de 70 mil fiéis provenientes de todas as partes do mundo se reuniram para ouvir a catequese do Papa Francisco no âmbito da audiência geral. No encontro desta manhã o Santo Padre refletiu sobre três textos do Evangelho que ajudam a entrar no mistério de uma das verdades que se professam no Credo: Jesus “de novo há de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos”; os textos foram o das dez virgens, a dos talentos e o do Juízo Final.

Na parábola das dez virgens – disse o Papa – o Esposo que as jovens esperam com as lâmpadas de azeite é o Senhor. O tempo de espera é o tempo que devemos manter acesas as nossas lâmpadas da fé, da esperança e da caridade, é o tempo antes de sua vinda final.

“O que se pede é que devemos estar preparados para o encontro, que significar saber ver os sinais de sua presença, manter viva a nossa fé, com a oração e com os Sacramentos; trata-se de ser vigilantes para não dormirmos, para não se esquecermos de Deus”.

Já na parábola dos talentos, se recorda que Deus concedeu dons, que devem ser usados e multiplicados, pois no seu retorno perguntará como foram utilizados.

Esta parábola – disse o Papa – nos fala que a espera do retorno do Senhor é o tempo da ação, o tempo no qual usar os dons de Deus, não para nós mesmos, mas para Ele, para a Igreja, para os outros, o tempo no qual procurar sempre fazer crescer o bem no mundo. E em particular hoje, neste período de crise, é importante não se fechar em si mesmo, enterrando o próprio talento, mas abrir-se, ser solidário, estar atento ao outro. E falando aos jovens disse:

“A vocês, que estão no início do caminho da vida, peço: vocês pensaram nos talentos que Deus lhe deu? Pensaram como poder colocá-lo ao serviço dos outros? Não enterrem os talentos! Apostem em ideais grandes, que alargam o coração, ideais de serviço que tornam fecundos os seus talentos. A vida não nos foi dada para que a conservemos para nós mesmos, mas nos foi dada para que a doemos. Caros jovens, tenham uma grande coragem! Não tenham medo de sonhar coisas grandes!”

Na parábola do Juízo Final se descreve a segunda vinda do Senhor e se adverte que seremos julgados na caridade, como amamos os demais, especialmente os mais necessitados.

“Queridos irmãos e irmãs, olhar para o Juízo Final jamais nos deve provocar medo; mas ao contrário nos impulsione a viver melhor o presente. Deus oferece-nos, com misericórdia e paciência, este tempo para aprendermos a reconhecê-Lo nos pobres e nos humildes e perseverarmos vigilantes no amor. Possa o Senhor, no fim da nossa vida e da nossa história, reconhecer-nos como servos bons e fiéis!”

O Santo Padre saudou ainda os diversos grupos de peregrinos presentes, entre os quais o de língua portuguesa!

“Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! Saúdo com afeto os grupos de Portugal e do Brasil, em particular os fiéis das paróquias Divino Pai Eterno de Goiânia e São Pedro de Vila Rica, encorajando-vos a todos a apostar em ideais grandes, ideais de serviço que engrandecem o coração e tornam fecundos os vossos talentos. Confiai em Deus, como a Virgem Maria!”

Em italiano, Francisco citou o sequestro dos metropolitas greco-ortodoxo e sírio-ortodoxo de Aleppo, cuja libertação está sendo noticiada mas não foi ainda confirmada: "É mais um sinal da trágica situação que a querida nação síria está vivendo. Armas e violências continuam a semear morte e sofrimento. Rezo para que os dois bispos regressem rapidamente às suas comunidades e peço a Deus que ilumine os corações. Renovo o convite feito no dia de Páscoa para que cesse o derramamento de sangue, seja oferecida a necessária assistência humanitária à população e encontrada o quanto antes uma solução política para a crise".

Na conclusão do encontro Papa Francisco concedeu a todos a sua Benção Apostólica.


fonte: rádio vaticano

quinta-feira, 25 de abril de 2013

A evangelização na rede e seu conteúdo


Por Robson Freitas
Ministério de Comunicação Social
Feira de Santana / BA

"o que vimos e ouvimos nós vos anunciamos" 1 Jo 1, 3a
As mídias sociais são uma realidade no nosso meio, onde os  jovens em especial  têm utilizado o tweeter, o Facebook, ferramentas do Google como o blogger, YouTube, o Messenger, o Vimeo, o Flicklr, Instagram, Instavideo e afins. Há uma infinidade de ferramentas na internet que estão sendo usadas, milhares de mensagens enviadas diariamente, há uma grande vontade, um ardor, um grande amor ao falar da nossa fé e da nossa Igreja.
É muito bom ver jovens falando de Jesus, postando fotos do seu Grupo de Oração, das diversas ações da RCC em todo país. Gente que ama muito. Gente que ama evangelizar. Porém, acredito que devemos fazer uma breve reflexão sobre o conteúdo, o que estamos veiculando, retransmitindo ou trabalhando para fazer do assunto um viral, algo que será alcançado por milhares de pessoas, a evangelização que vai "bombar" e ganhar corpo na net. Fica a pergunta: Qual deve ser o conteúdo destas mensagens? Qual deve ser o cerne das nossas mensagens?
Segundo o documento 94 da CNBB, 17, que trata das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da  Igreja no Brasil 2011 - 2015:
> Como o Filho de Deus assumiu a condição humana, exceto o pecado, nascendo e vivendo em determinado povo e realidade histórica (cf. Lc 2,1-2), nós, como discípulos missionários, anunciamos os valores do Evangelho do Reino na realidade que nos cerca, à luz da Pessoa, da Vida e da Palavra de Jesus Cristo, Senhor e Salvador.
Sobre os novos tempos, tempos difíceis, de informação veiculada extremamente rápida o mesmo documento sinaliza na pg. 35, 24:
> São tempos propícios para volta às fontes e busca dos aspectos centrais da fé. Esta é a grande diretriz evangelizadora que, neste início de século XXI, acompanha a Igreja: não colocar outro fundamento que não seja Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e sempre (cf. Hb 13,8).
O assunto é amplo, comporta várias abordagens. Mas, gostaria aqui de tratar alguns pontos, posto que se há uma decisão de evangelizar nas mídias sociais, nossa informação deve vir permeada da "Vida e da Palavra de Jesus Cristo, Senhor e Salvador."  Assim, você, discípulo missionário, é chamado, antes de qualquer um a viver e experimentar esta realidade. Só testemunhamos o que verdadeiramente experienciamos, contemplamos.
A RCC Brasil, com o Projeto Amigos de Deus reforçou esta necessidade exortando a cada um de nós a voltar ao que é primícia na vida carismática: as práticas espirituais. Nossa evangelização deve, antes de qualquer coisa, refletir a vivência das práticas espirituais, com nosso testemunho e alegria em Deus. Vale lembrar que neste ano da Carta Apostólica Porta Fidei, precisamos buscar as verdades da nossa fé, conhecê-la mais e mais, em especial as bases no nosso movimento e como ele está inserido neste contexto.
O Documento 85 da CNBB, pgs. 13 e 14, que trata da Evangelização da Juventude, suas diretrizes e perspectivas pastorais nos ensina:
> Evangelizar implica, em primeiro lugar, proporcionar o anúncio querigmático da pessoa de Jesus Cristo. Em seguida, esta experiência deverá ser aprofundada em grupos de convivência que devem conduzir catequeticamente a uma maturidade na fé e prontidão para ser discípulo e protagonista na construção do Reino de Deus por toda a vida, buscando a transformação da sociedade.
Neste trecho está uma radiografia do nosso Grupo de Oração. Nosso Ministério no GO deve refletir esta urgência pastoral. Nossas postagens são uma extensão do nosso GO, mais um ambiente na nossa ação missionária. Assim, caro irmão, deveríamos, antes de toda e qualquer postagem, em toda ação na rede, pedir o auxílio do Espírito Santo, o dom do discernimento dos espíritos, o mesmo espírito que faz testemunho (cf. At.1,8), que nos conduzirá em toda a verdade (cfe. Jo 16, 13).
Que o Espírito nos inunde para que sejamos fiéis à sua mensagem.Vem Senhor, Vem sobre nós, Vem Santo Espírito. Batiza-nos com tua Água Viva, enche-nos com Teu Poder. Faz de cada um de nós verdadeiras testemunhas do Nosso Senhor Jesus Cristo em todos os confins da terra. Amém? Coragem irmão! Esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé!

terça-feira, 23 de abril de 2013

A juventude, há que pô-la em jogo para grandes ideais.

Queridos irmãos e irmãs,

O IV Domingo do Tempo de Páscoa é caracterizado pelo Evangelho do Bom Pastor que se lê todos os anos. A passagem de hoje traz estas palavras de Jesus: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um" (10, 27-30). Nestes quatro versos há toda a mensagem de Jesus, o núcleo do seu Evangelho: Ele nos chama a participar na sua relação com o Pai, e essa é a vida eterna.

Jesus quer estabelecer com os seus amigos um relacionamento que seja reflexo do que Ele mesmo tem com o Pai: uma relação de mútua pertença na confiança plena, na íntima comunhão. Para expressar essa compreensão profunda, este relacionamento de amizade, Jesus usa a imagem do pastor com as suas ovelhas: ele as chama e elas reconhecem a sua voz, respondem ao seu chamado e o seguem. É linda esta parábola! O mistério da voz é impressionante: pensemos que desde o ventre de nossa mãe, aprendemos a reconhecer a sua voz dela e a do papai; no tom de voz, percebemos o amor ou o desdém, o afeto ou a frieza. A voz de Jesus é única! Se aprendemos a distingui-la, Ele nos guia no caminho da vida, caminho que vai além do abismo da morte.

Mas Jesus, porém, num determinado momento disse, referindo-se às suas ovelhas: "Meu Pai, que mas deu ..." (Jo 10, 29). Isto é muito importante, é um profundo mistério, não fácil de entender: se eu me sinto atraído por Jesus, se a sua voz aquece o meu coração, é graças a Deus Pai, que colocou em mim o desejo de amor, de verdade, de vida, de beleza... e Jesus é tudo isso em plenitude! Isso nos ajuda a compreender o mistério da vocação, especialmente das chamadas para uma especial consagração. Às vezes, Jesus nos chama, nos convida a segui-lo, mas talvez aconteça que não nos damos conta de que é Ele, exatamente como aconteceu com o jovem Samuel. Há muitos jovens hoje, aqui na Praça. Vocês são muitos, né? Se vê... olha só! Vocês são tantos jovens hoje aqui na Praça. Gostaria de perguntar-lhes: alguma vez vocês escutaram a voz do Senhor que, por meio de um desejo, de uma inquietação, tenha lhes convidado a segui-Lo mais de perto? Ouviram? Não ouço? Então... tiveram a vontade de ser apóstolos de Jesus? A juventude, há que pô-la em jogo para grandes ideais. Vocês pensam nisso? Concordam? Pergunte a Jesus o que ele quer de você e seja corajoso! Seja corajosa! Pergunte-lhe! Detrás e antes de toda vocação ao sacerdócio ou à vida consagrada, há sempre a oração forte e intensa de alguém: de uma avó, de um avô, de uma mãe, de um pai, de uma comunidade... Eis porque Jesus disse: “Pedi ao Senhor da messe – ou seja, Deus Pai – para que envie operários para a sua messe!” (Mt 9, 38). As vocações nascem na oração e da oração; e somente na oração podem perseverar e dar frutos. Gostaria de destacar isso hoje, que é a “Jornada Mundial de oração pelas vocações”. Rezemos especialmente pelos novos Sacerdotes da Diocese de Roma que tive a alegria de ordenar na manhã de hoje. E invoquemos a intercessão de Maria. Hoje havia 10 jovens que disseram "sim" a Jesus e foram ordenados sacerdotes nesta manhã... Isso é lindo! Invoquemos a intercessão de Maria, que é a Mulher do "sim". Maria disse "sim", toda a vida! Ela aprendeu a reconhecer a voz de Jesus desde que o carregava no ventre. Que Maria, nossa Mãe, nos ajude a conhecer sempre melhor a voz de Jesus e a segui-la, para andar no caminho da vida! Obrigado.

Muito obrigado pela saudação, mas cumprimentem também a “Jesus”, forte... Vamos todos rezar à Virgem Maria.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Grupo de Oração: A Formação do Coordenador


1 Introdução
“Olha por ti e pela instrução dos outros. E persevera nestas coisas. Se isto fizeres, salvar-te-ás a ti mesmo e aos que te ouvirem” (1 Tim 4,16).
A formação é uma grande necessidade em nossos tempos. Tempos marcados pela pluralidade e diversidade de opções, caminhos, visões e onde os valores são relativos. Tempo em que a mídia quer desvalorizar a Igreja Católica e seus ensinamentos.
A falta de compreensão dos objetivos da formação tem causado desvios que aparecem no serviço e principalmente nos momentos de crise.
O documento de Aparecida no nº 226c diz: “Junto a uma forte experiência religiosa e uma destacada convivência comunitária, nossos fiéis precisam aprofundar o conhecimento da Palavra de Deus e os conteúdos da fé, visto que esta é a única maneira de amadurecer sua experiência religiosa. Neste caminho, acentuadamente vivencial e comunitário, a formação doutrinal não se experimenta como conhecimento teórico e frio, mas como ferramenta fundamental e necessária no crescimento espiritual, pessoal e comunitário” (Grifo dos autores deste texto).
O mesmo documento, no número 276, nos ensina que qualquer que seja a função que desenvolvemos na Igreja, para sermos fiéis à vocação a qual fomos chamados, requer uma clara e decidida opção pela formação.
A formação cristã é um processo que potencializa as qualidades do formando e o capacita para o serviço, é um processo contínuo de crescimento buscando levar todos a uma vida de santidade.
2.1 A formação na RCC
A Renovação Carismática Católica - RCC como movimento eclesial também é chamada à formação. É necessário transmitir o que temos aprendido na RCC.
Somos chamados a ensinar a sã doutrina da fé e a identidade da RCC, pois a formação é garantia da vida e do vigor do movimento; a guardiã dos carismas.
Os coordenadores dos Grupos de Oração devem ser os primeiros a buscarem a formação para que possam responder com qualidade à missão que foram chamados.
Tem sido grande o número de reclamações dos coordenadores de ministérios sobre a posição adotada por muitos coordenadores, que além de não participarem das formações, não transmitem para os demais a programação de formação da RCC.
João Paulo II falando à liderança da RCC em 07 de maio de 1981 disse: “O papel do chefe consiste, principalmente, em dar exemplo de oração na própria vida. Com esperança fundada e solicitude cuidadosa, toca ao chefe assegurar que o multiforme patrimônio da vida de oração na Igreja seja conhecido e aplicado por aqueles que procuram renovação espiritual, meditação sobre a Palavra de Deus, uma vez que a ignorância da escritura é ignorância de Cristo (...) Deveis estar interessados em proporcionar comida sólida para a alimentação espiritual, partindo o pão da verdadeira doutrina (...) sejais ainda mais profundamente formados no ensinamento da Igreja.”
A Renovação Carismática foi chamada a existir pelo Espírito Santo para provocar e fazer a graça de um Pentecostes pessoal e contínuo com todas as suas maravilhosas consequências.
O Grupo de Oração, por sua vez, deve ser o lugar apropriado, ideal, para que esta graça renovadora da vida cristã aconteça, desabroche, cresça e se torne fecunda.
Cada Grupo de Oração deve ter um coordenador que, junto com o núcleo de serviço, num trabalho conjunto, é responsável por ele. O coordenador deve ser um instrumento consciente de sua função, ser dócil, uma pessoa de intimidade com Deus, ungido, sábio, criativo, de intensa vida de oração e aberto à necessidade de constante formação.
A qualidade do Grupo de oração está ligada diretamente à atuação do coordenador. O grupo tem a cara do coordenador. O grupo reflete como um espelho a sabedoria e a criatividade do coordenador. Coordenadores de vida de oração apática, não conscientes de suas funções e não bem formados não conseguem cumprir satisfatoriamente a missão de fazer acontecer e amadurecer a vida cristã no Espírito.
O caminhar sem formação compreende:

· Caminho que vai por si mesmo;
· Caminha sem disciplina, sem ascese, tudo se justifica;
· Não se prende a fórmulas, referências ou modelos;
· Leva a uma superficialidade e a satisfação própria;
· Há uma procura exagerada de experiências místicas;
· Cria uma prática fundamentalista, intimista, egoísta, iluminista;
· Prejudica o convívio comunitário, social, não sai de si mesmo;
· Não consegue acolher o diferente, não sai de si mesmo.

A caminhada espiritual com formação tem as seguintes características:

· Leva em consideração o carisma e a missão de cada um;
· Acolhe o diferente, complemento;
· Leva em consideração a missão e a identidade do Movimento;
· Considera o cristão e sua vocação em todos os aspectos;
· Zela pela disciplina;
· Aprofunda a própria vocação, purificando-a;
· Leva ao entrar em si mesmo para responder aos desafios do mundo;
· Leva a uma maior intimidade com Deus.

2.2 Formação do Coordenador
A formação do coordenador tem por finalidade levá-lo a caminhar segundo o Espírito de Deus, no seguimento de Jesus, e tomar consciência de sua missão na Igreja, no Grupo de Oração e no mundo, vivendo carismaticamente na busca do crescimento à estatura de Cristo.
A formação cristã apresentada a seguir resume-se basicamente em dois aspectos: espiritual e doutrinário.
2.3 Formação espiritual
A formação espiritual acontece através da oração, da fuga ao pecado, de fazer a vontade de Deus e conduzidos pelo Espírito Santo.
2.3.1 Oração
O Senhor Jesus rezou e nos mandou "rezar sempre, sem jamais esmorecer" (Lc 18,1). Os místicos e os pregadores cristãos sempre insistiram na importância da oração.
O coordenador precisa ter intimidade consigo mesmo e com Deus. Para conhecer a vontade de Deus precisa-se ter intimidade com Jesus. Faz-se necessário estreitar os laços de amizade com Ele, investir no conhecimento mútuo e aperfeiçoar o amor recíproco. Passar à condição de amigo, pois Ele mesmo nos diz: “já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo que quanto ouvi de meu Pai" (Jo 15,15).
Nos momentos de intimidade, de oração falaremos com Jesus da nossa gratidão, exporemos ao Senhor as nossas próprias misérias e necessidades, pediremos perdão e suplicaremos auxílio. Devemos deixar a nossa alma ir ao encontro com Deus sem reservas, totalmente despojados do orgulho, na certeza de "se busca a alma a Deus, muito mais a busca o seu amado" (São João da Cruz).
Da oração também faz parte a dimensão do louvor e do agradecimento. Nesse momento devemos bendizer a Deus, exaltando-o pelas maravilhas que tem feito em nós e no nosso meio. É tempo de contemplar a glória de Deus.
A oração de louvor é ainda uma oração libertadora, que descerra as portas do céu e arrebenta os grilhões que nos afligem. “O louvor é despertado pela contemplação da bondade, da verdade, da beleza, da perfeição de Deus" Sigamos o conselho de Santo Agostinho: “Louva e bendiz ao Senhor todos e em cada um de teus dias para que quando venha esse dia sem fim possas passar de um louvor a outro sem esforço”.
Na oração muitas vezes travamos uma luta, um combate espiritual (cf. Rm 15,30) que deve ser vencido na perseverança e no amor.
Usar os carismas durante a oração: oração em línguas, profecia, discernimento, palavra de ciência etc....
2.3.2 Pecado
Devemos ter consciência da nossa natureza pecadora, pois “se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está), fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniquidade” (1 Jo 1,8-9).
O pior inimigo do coordenador é o pecado. Uma situação de pecado permanente é capaz de desprestigiar seu ministério. "Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma" (1 Cor 6,12). O pecado nos impede de correr. Quando temos um pecado permanente, ficamos como que caminhando com muito peso, como se tivéssemos uma pedra no sapato.
E necessário evitar o pecado com todas as forças. Estar atento para não cair nas ciladas do inimigo e se deixar aprisionar. "Todos os atletas se impelem a si muitas privações; e o fazem para alcançarem uma coroa corruptível. Nós o fazemos por uma coroa incorruptível. Assim, eu corro, mas não sem rumo certo. Dou golpes, mas não no ar. Ao contrário, castigo o meu corpo e o mantenho em servidão, de medo de vir eu mesmo a ser excluído depois de eu ter pregado aos outros" (1 Cor 9,25).
Lembrai das palavras de São Pedro "sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé" (1 Pe 5,8-9a).
2.3.3 Viver na vontade de Deus
O que Jesus deseja, o que O satisfaz é unicamente cumprir a vontade do Pai que é o seu alimento assim como nos relata São João: "... entretanto, os discípulos lhe pediam: Mestre come. Mas ele lhes disse: Tenho um alimento para comer, que vós não conheceis. Os discípulos perguntavam uns aos outros: Alguém lhe teria trazido de comer? Disse-lhes Jesus: Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e cumprir a sua obra" (Jo 4, 32-34).
2.3.4 Conduzidos pelo Espírito
Quando o coordenador se deixa guiar pelo Espírito, orienta-se perfeitamente para Deus. O Espírito vem em auxílio de nossa fraqueza (cf. Rom 8,26), nos dá força e coragem para sermos testemunhas fiéis (cf. At. 1,8), nos liberta e nos dá a vida nova (cf. Rom 8,14-16), nos ensina (cf. Jo 14,26).