terça-feira, 28 de maio de 2013

Palavras do Papa durante a oração do Angelus

"Oremos para que estes mafiosos se convertam a Deus e louvemos ao Senhor pelo luminoso testemunho de Pe. Giuseppe Puglisi"

Palavras do Papa durante a oração do Angelus de domingo (26) na praça de São Pedro

 De regresso da visita pastoral à Paróquia romana dos santos Elizabete e Zacarias, às 12h, o Santo Padre Francisco apareceu na janela do seu escritório no Palácio Apostólico Vaticano para recitar a oração do Angelus com os fieis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro. Publicamos a seguir as palavras do Papa antes da oração mariana:

Queridos irmãos e irmãs!

Bom dia! Esta manhã eu fiz a minha primeira visita a uma paróquia da Diocese de Roma. Agradeço ao Senhor e vos peço para orar pelo meu serviço pastoral na Igreja de Roma, que tem a missão de presidir a caridade universal.

Hoje é o domingo da Santíssima Trindade. A luz do tempo Pascal e de Pentecostes renove a cada ano em nós a alegria e o esplendor da fé: reconhecemos que Deus não é algo vago, o nosso Deus não é um Deus “spray”, é concreto, não é abstrato, mas tem um nome: “Deus é amor”. Não é um amor sentimental, emocional, mas o amor do Pai, que é a fonte de toda a vida, o amor do Filho que morreu na cruz e ressuscitou, o amor do Espírito que renova o homem e o mundo. E pensar que Deus é amor nos faz muito bem, porque nos ensina a amar, a nos doar uns aos outros como Jesus se doou a nós e caminha conosco. Jesus caminha conosco na estrada da vida.

A Santíssima Trindade não é produto do raciocínio humano, é o rosto com o qual Deus mesmo se revelou, não do alto de um trono, mas caminhando com a humanidade. É Jesus que nos revelou o Pai e nos prometeu o Espírito Santo. Deus caminhou com seu povo na história do povo de Israel e Jesus caminhou sempre conosco e nos prometeu o Espírito Santo que é fogo, que nos ensina tudo o que não sabemos, que dentro de nós nos conduz, nos dá boas ideias e boas inspirações.

Hoje louvamos a Deus não por um mistério particular, mas por Ele mesmo, “por sua imensa glória”, como diz o hino litúrgico. Louvamos a Ele, rendemos graças a Ele porque Ele é amor e porque nos chama a entrar no abraço da sua comunhão, que é a vida eterna.

Confiamos o nosso louvor às mãos da Virgem Maria. Ela, a mais humilde entre as criaturas, graças a Cristo já alcançou a meta da nossa peregrinação terrena: já está na glória da Trindade. É por isso que Maria, nossa Mãe, a Virgem Maria, resplandece para nós como um sinal de esperança segura. É a Mãe da esperança, em nosso caminho, Ela é a Mãe da esperança. É também a Mãe que nos conforta, a Mãe da Consolação e a Mãe que nos acompanha na caminhada. Agora rezemos todos juntos à Nossa Senhora, a Mãe que nos acompanha em nossa jornada.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Revista Renovação: fonte para nossos Grupos de Oração

A Revista Renovação vem fazendo parte da vida de muitos carismáticos que buscam informação sobre os projetos e direcionamentos da RCCBRASIL e principalmente formação. É por meio da contribuição com os projetos do Movimento, que todo o nosso ardor missionário se concretiza. Exemplo disso são as Casas de Missão e os projetos de evangelização que se expandem pelos estados e por todo país, e internacionalmente, com a missão Uganda, na África.

Além de marcar a caminhada espiritual de muitos colaboradores que recebem a revista em casa, o periódico bimestral já chegou ao ambiente virtual e consegue atingir outro público diferenciado.

O coordenador nacional do Ministério de Comunicação da RCCBRASIL, Airton Rocha, testemunha como é gratificante receber um veículo onde aproveita todo conteúdo para si e seu Grupo de Oração, além de ter acesso a exemplares anteriores, por meio da Revista Online: “Fiquei muito feliz quando vi que alguns números anteriores podem ser vistos através do Portal, isso possibilita que muitos de nós conheçamos edições que ainda não havíamos lido”, ressalta.

Airton conheceu a Revista Renovação no ano de 2010 quando participou pela primeira vez de um Congresso Nacional, em Minas Gerais. “Eu estava iniciando meu chamado, e por isso, estava ansioso para conhecer tudo da RCC e me aprofundar em diversos assuntos. Eu queria ler a Revista e poder levar para o Grupo, mostrar e entregar ao pessoal para ler também. Nela encontrei muita coisa sobre formação e sempre ficava esperando a próxima edição” conta o coordenador.

Hoje, muitas pessoas partilham no Grupo de Airton a importância da leitura da revista, pois além de informar os membros do seu núcleo, ela atua como complemento nas formações, como a matéria dos workshops do Encontro Nacional de Formação (ENF 2013). “Na última edição que fala sobre o ENF, busquei tudo que tinha nela, pois como não temos a oportunidade de participar de muitos workshop, somente por ali fiquei por dentro de muitas coisas dos outros ministérios”.

Airton falou também que a revista poderia ser utilizada de outras formas e não somente nos Grupos de Oração, ele comenta a importância de mais pessoas terem acesso ao conteúdo que é partilhado no periódico. Um exemplo dado por ele foi com relação a levar a revista a outras pessoas através de estabelecimentos comerciais, consultórios médicos, locais onde tenha fluxo maior de pessoas passando. “O volume de contribuições com os projetos ainda é baixo, uma maneira de aumentar isso seria por exemplo, se os membros do Grupo que tem estabelecimentos comerciais colocassem para o pessoal ler enquanto esperam atendimento. Isso seria também uma forma de evangelização”, conclui Airton.

Como receber a Revista Renovação

Se você está lendo esta série de matérias sobre a Revista Renovação e sentiu-se chamado a colaborar com os projetos da RCCBRASIL, acesse o site através deste link e cadastre-se para contribuir e receber periodicamente estas graças em sua casa.

sábado, 25 de maio de 2013

RCCBRASIL lança livro sobre a Fé

“Creio porque amo e amo porque creio” é o mais novo lançamento da Editora RCCBRASIL e aborda questões fundamentais da nossa fé

No ano em que a Igreja celebra o Ano da Fé, o autor Sérgio Henrique Speri lança o livro “Creio porque amo e amo porque creio”. Nele, Sérgio quer levar os leitores ao fortalecimento de sua fé no Criador por meio de uma profunda experiência de Amor com Deus. Desta forma, nossa fé adquire novo sentido.

“Acredito que cremos a partir de uma experiência, uma experiência amorosa, ainda que esteja no inconsciente coletivo, e, para que haja unidade e exista uma identidade própria que leve a uma missão comum, é necessário que os membros de uma instituição, no nosso caso a Igreja Católica Apostólica Romana, acreditem, ao menos, em pontos essencialmente comuns”, afirma Sérgio.

O autor ainda oferece passos para conhecer e aprofundar a fé, algo vivido e cultivado por ele durante sua infância, na cidade de Mirante do Paranapanema/SP, onde foi coroinha e, em seguida, participou de grupos de jovens da Pastoral da Juventude e Grupos de Oração da RCC.

O livro é mais um produto que tem como finalidade manter as obras de evangelização que o Senhor tem chamado a assumirmos em nosso País. Para adquirir a obra “Creio porque amo e amo porque creio” basta acessar o link da Editora.

Conheça nossos produtos  e seja um propagador desta obra de evangelização, assim como o autor deseja:  “Que este livro possa, também, contribuir para que você creia e sinta que fomos criados para o louvor da glória de Deus, chamados a caminharmos unidos como comunidade viva,  já hoje, em vistas de uma unidade eterna que se dará ao lado de Deus. Desejo que isso se torne uma realidade em sua vida e que você possa crer porque ama e amar porque crê”.

"O Espírito Santo é o verdadeiro motor da evangelização"

Na verdade, há uma profunda ligação entre estas duas realidades da fé, porque é o Espírito Santo que dá a vida à Igreja, que a guia e anima no anúncio do Evangelho. Evangelizar é a missão da Igreja: a minha, a sua, a nossa missão. “Cada um deve ser evangelizador, sobretudo com a vida!”, disse o Papa. “O Espírito Santo é o verdadeiro motor da evangelização. Para evangelizar, então, é necessário mais uma vez abrir-se à ação do Espírito de Deus, sem medo de saber o que quer e para onde nos leva.”

São sinais da sua intervenção: primeiro, a unidade e a comunhão, como se viu no dia de Pentecostes, quando cada um dos presentes conseguia ouvir os Apóstolos na sua própria língua. Todos falavam uma língua nova: a língua do amor que o Espírito derrama nos nossos corações.

“Não há mais o fechamento de um para com o outro, mas a abertura a Deus, o sair para anunciar a sua Palavra. Às vezes, parece que hoje se repete o que aconteceu em Babel: divisões, incapacidade de compreender-se, rivalidades, invejas e egoísmos. Levar o Evangelho é anunciar e viver em primeira pessoa a reconciliação, o perdão, a paz, a unidade e o amor que o Espírito Santo nos doa.”

O segundo sinal é a coragem humilde que o Espírito dá ao mensageiro do Evangelho, fazendo brotar sempre novas energias, novos caminhos e nova audácia para a missão. “Ele nos dá a coragem de anunciar a novidade do Evangelho de Jesus a todos, com franqueza, de voz alta, em todos os tempos e em todos os lugares. Jamais nos fechemos a esta ação! Vivamos com humildade e coragem o Evangelho!”

Por fim, o terceiro sinal: tudo parte sempre da oração, porque, sem ela, torna-se vazia a nossa ação e sem alma o nosso anúncio. Uma nova evangelização, uma Igreja que evangeliza deve partir sempre da oração, do pedir o fogo do Espírito.

“Renovemos a cada dia a confiança na ação do Espírito Santo, deixemo-nos guiar por Ele, sejamos homens e mulheres de oração, que testemunham com coragem o Evangelho, tornando-se no nosso mundo instrumentos da unidade e da comunhão de Deus.

Ao saudar os fiéis oriundos de vários países, em inglês o Papa convidou todos a rezarem com ele pelas vítimas, especialmente as crianças, do desastre em Oklahoma, nos Estados Unidos. “O Senhor console a todos, em especial os pais que perderam tragicamente um filho.” Na terça-feira, Francisco enviou um telegrama através da Nunciatura Apostólica em Washington ao Arcebispo de Oklahoma, Dom Paul S. Coakley, para manifestar seu pesar e solidariedade para com as vítimas.

Francisco recordou ainda que na sexta-feira, 24, é o dia dedicado à memoria litúrgica da Beata Virgem Maria, Auxílio dos Cristãos, venerada com grande devoção no Santuário de Sheshan em Xangai.

“Convido todos os católicos no mundo a se unirem em oração com os irmãos e as irmãs que estão na China, para implorar de Deus a graça de anunciar com humildade e com alegria Cristo morto e ressuscitado, de ser fiel à sua Igreja e ao Sucessor de Pedro, e de viver a cotidianidade no serviço a seu país e aos seus compatriotas de modo coerente com a fé que professam.”

O Pontífice pediu a intercessão de Maria para que ampare os católicos chineses que, em meios às fadigas cotidianas, continuam a crer, a esperar, a amar, e faça crescer o afeto e a participação da Igreja que está na China ao caminho da Igreja universal, sem temor de falar de Jesus ao mundo e do mundo a Jesus.

Fonte: Rádio Vaticana

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Competição e concorrência?

Lá no início da Bíblia encontramos um irmão ciumento e invejoso, que elimina aquele que parecia ter maior benevolência da parte de Deus (Cf. Gn 4,1-16). “Por que andas irritado e com o rosto abatido? Não é verdade que, se fizeres o bem, andarás de cabeça erguida? E se fizeres o mal, não estará o pecado espreitando-te à porta? A ti vai seu desejo, mas tu deves dominá-lo”, diz o Senhor a Caim que, fechado em seus sentimentos, inaugura uma série de comportamentos que, ao longo da história da humanidade, levaram muitas vezes os homens e as mulheres à indiferença e ao egoísmo diante do próximo.
Com frequência encontramos afirmações que nos fazem refletir sobre os valores que norteiam nosso comportamento e os rumos assumidos pela sociedade: “E eu, como fico nessa história?” “Exijo que me respeitem como eu sou!” “Eu sou eu e o resto é resto!”. E lá vamos nós, defendendo nossas políticas afirmativas, para ver quem conquista maiores espaços na sociedade. Quando falta num discurso a referência a um determinado grupo, desabam as reações e reclamações. Logo os esquecidos se sentem discriminados, porque não lhes podem faltar as devidas deferências. Curioso é ver que a definição dos espaços dos diversos grupos não traz a esperada realização. Vêm à tona novas exigências e as pessoas continuam em busca da felicidade que poderia vir do bater o pé para defender suas posições.
É óbvio que nossas observações encontram resistências, pois a sociedade de mercado e consumo vê justamente na competição o seu motor, mas tomamos a liberdade de propor questionamentos que nos possibilitem confrontar modelos, equilibrar atitudes e moderar as tendências que estão dentro de nós mesmos. É bem verdade que a história da humanidade assistiu inúmeras discriminações injustas, por raça, cor, religião, condição social ou outros motivos, mas tantas vezes a justa busca de superação das mesmas estabelece um círculo vicioso, gerando novas divisões entre pessoas e grupos. Mais crescem as reivindicações, mais aparecem manifestações de egoísmo. Parece-nos estar envolvidos num novelo interminável!
Deus, que é perfeição eterna, quando criou o mundo (Cf. Gn 1,26), fez o homem à sua imagem e semelhança, homem e mulher o criou. Inteligência, liberdade e comunhão de amor são os valores da mais íntima intimidade na família eterna que nossa fé cristã professa “Santíssima Trindade”. Um só Deus verdadeiro em três pessoas iguais em sua divindade e distintas, tanto que afirmamos que o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Desde toda a eternidade, ser Deus é amar infinitamente, sair de si mesmo, pois o Pai ama e gera o Filho, o Filho ama e é gerado pelo Pai, o Espírito Santo é o amor do Pai e do Filho. Difícil de entender, pode alguém afirmar, mas decisivo para conhecer a estampa com a qual fomos pensados e amados, para existirmos neste mundo como imagem e semelhança! As tentativas de reinventar o ser humano, sem referência a Deus, são fadadas à frustração. Sim, no acolhimento do fato de termos sido criados para amar e sair de nós mesmos está o caminho para a plena realização humana.
Na Santíssima Trindade, o Pai, Criador, o Filho Redentor e o Espírito Santificador vivem num perene relacionamento de amor, que pode atrair e provocar gestos e atitudes novas em nosso tempo. Afinal, a Trindade de Deus foi revelada por Jesus Cristo a nosso favor! Ele afirma constantemente seu relacionamento com o Pai do Céu, de quem quer realizar a vontade, de onde veio e para onde vai. É o Pai que sabe tudo e é com o Pai que Jesus se encontra continuamente no silêncio da oração, linguagem da Trindade de Deus! Na hora decisiva, quando o homem verdadeiro que é Jesus experimenta a agonia, a dor e o abandono, é nas mãos do Pai que se entrega! Quando o Pai toma a palavra nos evangelhos, é para afirmar que Jesus é seu Filho amado, a quem todos devem ouvir. Ele o glorificou e haveria de glorificar de novo! E o Espírito Santo de Deus, que conduz a humanidade à plena verdade, que procede do Pai e do Filho, acompanha a Igreja para esclarecer tudo, inclusive nossa dificuldade para entender este modelo de vida! (Cf. Jo 16,12-15). Em Deus está o relacionamento e a saída de si para amar, criar, salvar, santificar!
“Quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará” (Mt 16,25). Afirmar o valor da outra pessoa, amar e servir, olhar ao nosso redor para ver as necessidades dos outros, usar criatividade para propor soluções dos problemas sociais, cumprimentar primeiro, ouvir, esvaziar-se de si mesmo para dar espaço aos mais sofredores, incluir e não discriminar!!! Mas qual é a diferença? É que o primeiro passo cabe sempre a cada um de nós. Na perspectiva cristã, a novidade é que a competição e a concorrência são justamente por sair de si mesmo. É nossa proposta cristã e sabemos que pode não só contribuir para que o mundo seja melhor, mas é a única possibilidade de desatar os nós da existência humana. Trata-se de viver em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo! 


Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém
Assessor Eclesiástico da RCCBRASIL

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Sugestões para um Novo Pentecostes

Conheça algumas obras e alcance, por meio da leitura, uma forma de colocar em prática aquilo que nos foi proposto pela Conferência dos Bispos da América Latina e do Caribe (2007) : “esperamos um novo Pentecostes que nos livre do cansaço e da acomodação ao ambiente: esperamos uma vinda do Espírito que renove nossa alegria e nossa esperança (...)” (Aparecida, n.362).

Veja aqui algumas de nossas sugestões:

altRenovação Carismática Católica – Um constante desafio


A Renovação Carismática Católica apresenta-se como um desafio teológico e pastoral em sua caminhada na vida da Igreja nos dias de hoje. Desafio este que, em sua definição, pode, entre outros significados, ser entendido como: instigar, incitar, excitar, provocar... estimulando a crescer no “domínio” e no entendimento daquilo com o que se depara.

O mais novo livro de Reinaldo Beserra traça um panorama histórico e documental do nascimento e desenvolvimento da RCC até o presente, lançando olhares para o futuro, onde o movimento cumpre uma importante missão no projeto de instauração do Reino de Deus.
 

altESCRITOS DE FOGO

Padre Eduardo Braga (o padre Dudu) apresenta neste livro as 13 correspondências que a Beata Helena Guerra enviou ao papa Leão XIII, sobre o Espírito Santo. Traz também a carta encíclica Divinum Illud Munus, sobre a virtude do Espírito Santo. Duas figuras proféticas do pentecostalismo Católico: o Papa Leão XIII que escreveu a primeira encíclica ao Espírito Santo na história da Igreja e a Beata Elena Guerra, a Apóstola do Espírito Santo, a primeira pessoa beatificada pelo Papa João XXIII, hoje também Beato e que abriu o Concílio Vaticano II pedindo para a Igreja de um Novo Pentecostes. Essa correspondência entre os dois nos traz Escritos de Fogo como manual de oração e reflexão em nossas mãos.
 

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ASPIRAI AOS DONS DO ESPÍRITO

O autor Renato Menghi elabora a narração do livro com palavras de ordem que surgem entre as instruções de São Paulo aos coríntios, quanto ao uso dos carismas nas orações . Ele instrui a comunidade primitiva a respeito das manifestações carismáticas na assembleia de oração. O propósito deste livro é apresentar uma leitura de acordo com a visão e a expectativa do apóstolo possibilitando assim um maior entendimento sobre a espiritualidade da Renovação Carismática Católica.
 
 
 
 
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NÃO EXTINGAIS O ESPÍRITO

Este livro aborda a questão das resistências à ação do Espírito Santo, mas tendo em vista a dimensão do tema, praticamente uma fonte inesgotável de assuntos. O que se apresenta não é a tentativa de abarcar essa questão completamente, mas de observá-la sob a proposição de quatro tipos específicos de resistências: o desconhecimento sobre os carismas; a possibilidade de que o acúmulo de informações e conhecimentos da sociedade atual possa se constituir em resistências a Deus; o esquecimento dos carismas na caminhada histórica do Cristianismo e as dificuldades de interpretação dos textos bíblicos que tratam sobre os dons espirituais.
 
 

altESCUTAI O ESPÍRITO SANTO

“Santo Padre, o mundo é mau, o espírito de Satanás triunfa em nossa sociedade pervertida e afasta uma multidão de almas do Coração de Jesus; mesmo neste terrível estado de coisas, os cristãos não pensam em dirigir súplicas unânimes a Ele que pode renovar a face da terra”. Este é um trecho de uma das cartas de Elena Guerra enviada ao papa Leão XIII, que se encontra neste livro. Uma obra que traz a história da Beata Elena Guerra, chamada pelo Papa João XXIII, em sua cerimônia de beatificação, de apóstola da devoção ao Espírito Santo. Trata diretamente do crescente anseio da Igreja por um renovado Pentencostes, e nos remete às origens de nossa identidade, lembrando do nosso chamado dentro da Renovação Carismática Católica, que é a missão de semear a cultura de Pentencostes. A obra traz também orientação para realização da novena “Escutai o Espírito Santo”.

 


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Testemunho de Vida: A mística de Pentecostes!

Se, num certo sentido, todas as solenidades litúrgicas da Igreja são grandes, maior é o Pentecostes porque, chegando ao quinquagésimo dia, assinala o cumprimento do acontecimento da Páscoa, da morte e ressurreição do Senhor Jesus, através da dádiva do Espírito do Ressuscitado. Estas foram as palavras com as quais Bento XVI começou sua homilia de Pentecostes no ano 2011.

O Espírito Santo é Senhor que dá Vida, como professa solenemente a Igreja desde o IV século. Sem a Sua Força, diz a sequência de Pentecostes, nada de bom existe no homem. Isto significa dizer que nenhum cristão pode viver sem o Espírito Santo! Todo cristão precisa da experiência com o Espírito Santo. O receber o Espírito Santo é constitutivo para ser cristão. Lá onde falta, esta experiência deve ser comunicada. E aqui começamos a entender a graça original, fundante e permanente de Pentecostes!

Pentecostes não é apenas uma festa cristã de origem judaica. Pentecostes é um evento de salvação que inaugura a Igreja e transforma a vida dos primeiros seguidores de Jesus Crucificado e Ressuscitado. A experiência do Espírito prometido a todos os cristãos, produz no homem forças, palavras e obras que não brotam dele mesmo. O homem é revestido do poder do alto, recebe o mesmo Espírito de Jesus! A nossa experiência com Deus nos é garantida pelo Espírito Santo. Tudo nos é franqueado e permitido na vida cristã graças a ação do Espírito Santo.

É de extrema importância entendermos bem esta necessária e estreita ligação entre a experiência com o Espírito Santo e a necessidade do testemunho cristão, pois é a partir daqui que se realiza em nós a verdadeira experiência de Deus. A este respeito, se perguntava o Papa Francisco na oração do Regina Coeli no último domingo 14 de Abril: ''Onde encontraram os primeiros discípulos a força para esse testemunho?Não só. De onde vinha a alegria e a coragem para anunciar, não obstante os obstáculos e a violência? Não podemos esquecer que os apóstolos eram pessoas simples, não escribas, doutores da lei nem pertencentes à classe sacerdotal. Como puderam com seus limites e a oposição das autoridades, encher Jerusalém com seus ensinamentos? É claro que somente a presença com eles do Senhor Ressuscitado e a ação do Espírito Santo podem explicar este fato".

Esta é a graça sempre nova de Pentecostes: Jesus Ressuscitado derrama sobre nós o Seu Espírito para darmos testemunho! Não há, portanto, nova Evangelização e novos evangelizadores sem Pentecostes. Somente cristãos cheios do Espírito Santo podem renovar a face da Terra e as estrutura do mundo e da Igreja. Como disse Bento XVI na homilia de encerramento do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização: "Há uma urgência de anunciar novamente Cristo onde a luz da fé se debilitou, onde o fogo de Deus, à semelhança dum fogo em brasas pede para ser reavivado, a fim de se tornar uma chama viva que da luz e calor a toda casa".

Precisamos, necessitamos de um Novo Pentecostes, pedia o documento de Aparecida.

Quando acontece um novo Pentecostes em nossas vidas? Quando nossa vida é um autêntico testemunho de que fomos transformados pelo Espírito e que somos também usados para transformar este pequeno trecho da história que vivemos.

Acolhamos as palavras e o desejo de Bento XVI em Pentecostes de 2008: " Redescubramos, queridos irmãos e irmã, a beleza de sermos batizados no Espírito Santo (...). Peçamos à Virgem Maria que alcance também hoje para a Igreja um novo Pentecostes, que infunda em todos nós, especialmente os jovens, a alegria de testemunhar o Evangelho".

Pensando na nossa Arquidiocese não posso esquecer uma das conclusões do último Sínodo dos Bispos: "Todos os fiéis: leigos, religiosos e clero, são chamados a abrir-se a um Novo Pentecostes".

Que pelas mãos de Maria, Virgem do Cenáculo, venha um Novo Pentecostes sobre nossa Igreja do Brasil, levantando homens e mulheres santos para testemunharem neste nosso tempo. Seja esta a mística de Pentecostes e o nosso compromisso com o Espírito Santo!

Por
Pe. Eduardo Braga (Dudu)
Arquidiocese de Niterói/RJ
Maio 2013

terça-feira, 21 de maio de 2013

"Prefiro uma Igreja acidentada por sair, do que doente por fechar-se"

Chamada de Francisco aos leigos na Vigília de Pentecostes

 Por Salvatore Cernuzio

Na Vigília de Pentecostes da “Jornada com os movimentos, as novas comunidades, as associações e as organizações laicais”, o santo padre Francisco escutou vários testemunhos e perguntas que lhe permitiram medir pela primeira vez durante o seu pontificado, a grande força viva que são hoje em dia os leigos na Igreja.

Vieram à Praça de São Pedro membros de cerca de cento e vinte movimentos com presença na Itália e a nível mundial.

Depois da entronização do ícone de Nossa Senhora, que com a antiga invocação de Salus Populi Romani presidiu o encontro, os assistentes e o papa escutaram os testemunhos de vários leigos que pela sua atividade profissional, sua vida cristã ou pelo único fato de estar num país sem liberdade religiosa, devem testemunhar a sua fé.

Foi importante ouvir o irmão de Shahbaz Bhatti, o ex-ministro católico das Minorias no Paquistão, assassinado em Islamabad em 2011 pelos islâmicos por causa da sua oposição à lei da blasfêmia.
Dar resposta à fé

No evento, que se enquadra no calendário do "Ano da Fé", o papa respondeu espontaneamente às perguntas formuladas por vários representantes, perguntas que ele mesmo confessou "conhecer de antemão".
Estes, em nome dos leigos do todo mundo, pediram ao Papa uma luz sobre questões de evangelização, de testemunho cristão e um maior esclarecimento sobre aquela chamada de Francisco para que a Igreja seja "pobre e para os pobres".

Sobre a transmissão da fé, insistiu em que esta deve ser apresentada, porque se ninguém dá o primeiro anúncio, o futuro crente não poderá encontrar-se com Jesus. Voltou a lembrar que um novo encontro com o Pai pode dar-se no confessionário, “onde Ele sempre nos espera”.

Alertou, porém, que o maior inimigo da fragilidade, é o medo. Então, insistiu que ao sentir-se inseguro, é preciso saber que “ali está o Senhor”.

Comunicar a Cristo

Em resposta à segunda pergunta, sobre como comunicar a fé hoje, ensinou que isso não é questão de buscar uma eficácia nem consiste em fazer estratégia, “que são somente ferramentas secundárias”.
O que deve ser feito, acrescentou, é "comunicar Jesus Cristo, e não mais Francisco", em alusão a que o verdadeiro líder da Igreja é Cristo e não o Papa.

Convidou a orar mais, para “deixar-se guiar por ele”. Lembrou a passagem em que Pedro teve uma visão de que o evangelho tinha que ser levado aos gentíos, para insistir em que é necessário deixar-se “surpreender” por Jesus, deixando que o Espírito de Deus atue dentro do evangelizador, o leve para frente.

Purificar a questão política

Questionado sobre como construir uma ética pública e um modelo melhor para o desenvolvimento humano, recomendou que o melhor testemunho que pode ser dado, é uma vivência autêntica do evangelho nesses espaços.

Alertou, no entanto, que a Igreja "não é um movimento político, nem uma estrutura bem organizada", nem sequer deve ser comparada a uma ‘ONG’. Porque quando se faz assim, continuou, “perde-se o sal, não tem sabor, torna-se uma organização vazia, levada pelo eficientismo”.

O oposto deve ser, no pensamento de Francisco, “o desenvolvimento da solidariedade da partilha". Porque, de acordo com o que ele disse, "o que está em crise é o homem, que pode ser destruído ao ser  imagem de Deus."

Ressaltou que ao estar diante de uma crise desta magnitude, o homem "é despojado da ética, em que tudo é possível e tudo pode ser feito".

Ele criticou o atual sistema econômico, que se preocupa com as grandes quedas das instituições financeiras e não pelos que morrem de fome pelas ruas.

Não fechar-se nem isolar-se

Diante dessa realidade, convidou a Igreja a não fechar-se ou isolar-se. Exortou a “não fechar-se na paróquia, com o movimento, entre os que pensamos da mesma forma”. Porque quando se fecha, “fica doente”.

Convidou novamente a Igreja “para sair de si mesma, em direção à periferia, a dar testemunho do evangelho e a encontrar-se com os demais”, em clara resposta ao mandamento de Jesus de “Ir”.

"Prefiro uma Igreja acidentada, do que doente por fechar-se”, disse. E criticou aquelas “estruturas caducas” que “não nos fazem livres, mas escravos."

Disse também que é preciso que aconteça uma "cultura do encontro, da amizade, da falar até mesmo com aqueles que não pensam como nós, até mesmo que tem outra fé, porque todos são filhos de Deus".

Uma Igreja pobre

Uma das peguntas referiu-se à expressão que Francisco utilizou dois depois do início do seu pontificado, de que ele gostaria de uma “Igreja pobre e para os pobres”.

A este respeito – e com a atenção mundial colocada nas suas palavras - , explicou que basta “sair para encontrar a pobreza”. Lamentou que hoje em dia encontrar um mendigo morto de frio ou fome pela rua já não seja uma notícia ...

Criticou aqueles que permanecem indiferentes a esta realidade, especialmente aqueles cristãos "que falam sobre teologia, enquanto tomam chá", uma clara referência à sua homilia de dias atrás, onde disse que não precisa de “cristãos de salão” neste momento na Igreja.

Muito pelo contrário, continuou, "nós temos que ter coragem e ir ao encontro daqueles que são a carne de Cristo”. Porque para Francisco, a pobreza não é uma categoria filosófica ou sociológica, mas teológica "Porque o Filho de Deus se fez pobre".

E se a Igreja não vai em direção à carne de Cristo que está nos pobres, cai na “mundanidade espiritual”, um conceito muito ligado aos perigos do cristianismo de salão.

Concluiu encorajando a todos a proclamar o Evangelho com coragem e ao mesmo tempo com paciência. E convidou a unir-se aos cristãos “que sofrem tanto, que fazem a experiência do limite entre a vida e a morte”, reiterando o seu apelo por uma verdadeira liberdade religiosa para todos.

"Para todos", porque de acordo com Francisco, "todos devem ser livres na sua confissão religiosa, porque são filhos de Deus".

Após a cerimônia, o Papa cumprimentou os líderes das mais importantes realidades laicais do mundo, com os quais conversou durante alguns segundos entre comentários e sorrisos.

Hoje, domingo, solenidade de Pentecostes, o Santo Padre presidirá uma celebração eucarística na praça de São Pedro, para a qual continuam chegando os peregrinos pertencentes a centenas de movimentos e organizações apostólicas.

Fonte: Zenit

Papa Francisco: A fofoca e a difamação na Igreja são pecaminosas

altAdvertência do Papa Francisco durante a missa celebrada na capela da Casa Santa Marta
O cristão deve vencer a tentação de "meter-se na vida dos outros". Foi a exortação do Papa Francisco na missa celebrada ontem, sábado, na Casa Santa Marta. O Santo Padre também destacou que a fofoca e a inveja fazem muito mal à comunidade cristã e não se pode “dizer somente a parte que nos convém”.

A Missa, concelebrada com o padre Daniel Grech do Vicariato de Roma, contou com a presença de um grupo de estudantes da Pontifícia Universidade Lateranense, dirigida pelo reitor mons. Enrico Dal Covolo.

Conforme relatado pela Rádio Vaticano também partiparam Kiko Argüello, Carmen Hernández e Mario Pezzi do Caminho Neocatecumenal; e Roberto Fontolan e Emilia Guarnieri de Comunhão e Libertação.

Nem fofoca nem comparações

"O que te interessa?" O papa Francisco desenvolveu a sua homilia a partir desta pergunta que Jesus dirigiu a Pedro, que tinha se metido na vida do outro, na vida do discípulo João, “a quem Jesus amava”. Pedro, destacou, estava tendo “um diálogo de amor” com o Senhor, mas logo o diálogo “desviou-se para outro caminho” e ele também padece uma tentação: “meter-se na vida dos outros”.

Como se costuma dizer "vulgarmente", disse o Papa, Pedro se faz de "bisbilhoteiro". É assim que centralizou a sua homilia em duas modalidades dessa intromissão na vida dos outros. Em primeiro lugar, a “comparação”, o “comparar-se com os demais”. Quando existe esta comparação, disse, “terminamos na amargura e até na inveja, e a inveja acaba com a comunidade cristã”, “lhe faz muito mal”, e “o diabo quer isso”. A segunda forma dessa tentação, acrescentou, são as fofocas. Se começa de um modo “muito educado”, mas depois terminamos “esfolando o próximo”:

"Como se fofoca na Igreja! Quanto fofocamos, nós cristãos! A fofoca é precisamente esfolar-se, certo? É maltratar-se mutuamente. Como se se quisesse diminuir o outro, não? Em vez de crescer eu, faço que o outro seja diminuido e me sinto bem. Isso não está bem! Parece agradável fofocar... Não sei porque, mas a pessoa se sente bem. Como uma bala de mel, não é? Você come uma – Ah, que bom! – E depois outra, outra, outra, e ao final fica com dor de barriga. E por quê? A fofoca é assim: é doce no começo e depois acaba contigo, acaba com a tua alma! As fofocas são destrutivas na Igreja, são destrutivas... É um pouco como o Espírito de Caim: matar o irmão, com a sua língua; matar o seu irmão!”

Seguindo este caminho, disse, “nos transformamos em cristãos de boas maneiras e maus hábitos!” Mas como é que a fofoca se apresenta? Normalmente, distinguiu o papa Francisco, “fazemos três coisas”:

O cristão não difama e nem calunia

"Desinformamos: falamos só a metade que nos convém e não a outra metade; a outra metade não a dizemos porque não é conveniente para nós. Em segundo lugar está a difamação: quando uma pessoa realmente tem um defeito, e errou, então contá-lo, “fazer-se jornalista”... E a fama dessa pessoa está acabada! E a terceira é a calúnia: dizer coisas que não são certas. Isso é também matar o seu irmão! Todas essas três – a desinformação, a difamação e a calúnia – são pecado! Este é o pecado! Isso é dar um tapa em Jesus na pessoa dos seus filhos, dos seus irmãos".

É por isso que Jesus faz conosco como o fez com Pedro quando o repreende: "Que te importa? Tu, siga-me!” O Senhor realmente "aponta o caminho":

"A fofoca não te fará bem, porque te levará a este espírito de destruição na Igreja. Siga-me!”. É bonita esta palavra de Jesus, que é tão clara, é tão amorosa conosco. Como se quisesse dizer: “Não façam fantasias, acreditando que a salvação está na comparação com os outros ou na fofoca. A salvação é ir atrás de mim”. Seguir a Jesus! Peçamos hoje ao Senhor que nos dê esta graça de nunca meter-nos na vida dos outros, de nunca converter-nos em cristãos de bons costumes e maus hábitos, de seguir a Jesus, para ir atrás de Jesus, no seu caminho. E isso é suficiente!”

Durante a homilia, Francisco também lembrou de um episódio da vida de Santa Teresinha, que se perguntava por que Jesus deu tanto para um e tão pouco para outro. A irmã maior, pegou um dedal e um copo e os encheu de água, e depois perguntou à Teresinha qual dos dois estava mais cheio. “Ambos estão cheios”, disse à futura santa. Jesus, disse o papa, faz “assim conosco”, “não se importa se você é grande, se é pequeno”. Ele está interessado em que você esteja  preenchido com o amor de Jesus."

Fonte: Zenit

RCCBRASIL presente no Pentecostes com o Papa

altA presidente do Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica do Brasil, Katia Roldi Zavaris, participou, na Cidade do Vaticano, da celebração do Pentecostes com o Papa. Também estavam presentes o secretário geral do conselho, Onazir Conceição, e o primeiro secretário, Sérgio Zavaris.

A programação da viagem dos conselheiros a Roma começou com uma visita ao escritório do Serviço para a Renovação Carismática Católica Internacional (ICCRS). Durante a visita, ela se reuniu com a presidente do ICCRS, Michelle Moran, e com o diretor do escritório do ICCRS, Oreste Pesare. Eles também participaram de uma missa com representantes da Catholic Fraternity, na capela de São Calixto, em Roma, que foi presidida pelo presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, o Cardeal Stanislaw Rilko.alt

De acordo com Katia, durante a Vigília de Pentecostes na noite de sábado (18), o Papa Francisco exortou os presentes a se lançarem em missão e anunciar o Evangelho sem medo. “Disse também que Jesus deve ser o centro de nosso anúncio e que precisamos viver uma vida de oração e adoração, permitindo que o Senhor cuide da nossa vida e a direcione. O Evangelho é o conteúdo concreto que devemos dar a este mundo e para tanto, necessitamos de duas virtudes no anúncio do mesmo: coragem e paciência”, complementou.

altNa manhã de domingo (19), os conselheiros participaram da Missa Solene de Pentecostes, na Praça de São Pedro. Esta missa também foi presidida pelo Santo Padre e estavam presentes vários movimentos e novas comunidades. Katia Zavaris relata a homilia do Papa: “Ele diz que o Espírito Santo é: novidade, harmonia e missão. Sem a graça do Espírito Santo não caminhamos, pois Ele é a alma da missão”.

altAinda no domingo, aconteceu na basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma, o Pentecostes das Nações. Este evento, segundo Katia, foi uma tarde de louvor, pregação e adoração com representantes de vários países. Um dos pregadores foi o frei Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia que disse que “o Espírito Santo renova a nossa alma, renova a nossa alegria e trás brilho ao nosso olhar. Que estamos nos aproximando dos 50 anos da RCC no mundo, mas precisamos continuar com todo o empenho a Evangelizar através do batismo no Espírito Santo”.

“Vivemos nesta tarde um grande Pentecostes, proclamando que Jesus Cristo é o Senhor de todas as nações”, finalizou a presidente do Conselho Nacional.


domingo, 19 de maio de 2013

Ironi Spudaro


Beate Elena Guerra!

Leia a terceira carta enviada pela Beata Elena Guerra, ao Santo Papa Leão XIII, seguindo nossa preparação para o Pentecostes.Ela foi extraída do livro "Escritos de Fogo", que está disponível no

Terceira Carta: 1 de Dezembro de 1895

Santíssimo Padre,

O meu pobre coração se alegra, sabendo que estes meus escritos não são nada mais do que um ato de filial obediência a vossa paterna bondade. Para maior glória de Deus, passarei a expor, com toda minha simplicidade, algumas coisas que antes havia apenas acenado.

Há muitos anos, desejava ardentemente que os fiéis se unissem com um só coração para recorrerem ao Espírito Santo, e com uma oração insistente desejassem a feliz renovação da face da Terra. Como este meu desejo até agora foi estéril, o Senhor se dignou vir em socorro da minha inquietude e fazer-me conhecer a Sua vontade, falando-me através de uma irmã de fé.

Ela é uma filha pobre, simples e humilde; mas tocada pelo amor divino. Há dois anos, confessou-me que se encontrou obrigada por Nosso Senhor a dizer-me que Ele desejava que eu escrevesse ao Papa para pedir-lhe que convidasse os fiéis para uma unânime e perseverante oração ao Espírito Santo, que fosse como um novo Cenáculo espiritual, do qual subisse aos céus, a cada dia, fervorosas orações para se conseguir tantos bens quantos são os males com que a infernal maçonaria inunda a Terra.

Porém, eu ainda não ousava escrever a Vossa Santidade e pensei em outros meios, por isto falei ao Mons. Volpi. Tentei de todos os modos informar àquele que faz às vezes de Cristo na Terra e quando fracassaram todas as minhas iniciativas, a minha irmã disse que a vontade de Deus era que o Mons. Volpi (ainda sacerdote) fosse pessoalmente a Roma. Ele respondeu que não havia ocasião para isso. Ela, orando com simplicidade, disse a Nosso Senhor: “Bem sabeis Jesus, que não há mais como continuarmos, porque o Pe. Volpi disse não ter ocasião nenhuma para ir a Roma”, mas Jesus lhe respondeu: “Eu encontrarei a ocasião”. De fato, pouquíssimos dias depois, Mons. Volpi teve que partir rapidamente para Roma porque havia sido eleito decano. Naqueles momentos de angústia, ele não pôde explicar claramente ao Santo Padre o que havia em meu coração e apenas acenou.

Continuei tentando por mais de um ano por outras vias, mas não consegui; contudo, aquela boa filha, pedia-me insistentemente que escrevesse ao Papa.

Ousei escrever a Vossa Santidade uma Carta datada de 17 de Abril deste ano, e Vós, ó Santo Padre, em proximidade da Festa de Pentecostes, mandastes aquele fervoroso convite para todos os fiéis, exortando-os a fazerem a Novena do Espírito Santo. No 5 de Maio (dia em que foi editada a Vossa venerada Carta), aquela minha filha disse-me que através do Vosso ministério estava se realizando aquilo que pedia Nosso Senhor.

Parece-me, porém, que Deus queira uma maior difusão da devoção ao Espírito Santo, e que ao invés só da Novena de Pentecostes, que se estabeleça uma oração universal e ininterrupta. Tudo isso, aquela minha filha ouviu do próprio Nosso Senhor após a Sagrada Comunhão. Eu vejo que se trata sempre de um pedido que Nosso Senhor faz ao Papa, para que abra aos fiéis um novo Cenáculo. Trata-se de recomendá-los, de fazer vossa voz, Santo Padre, ressoar em toda terra para chamar novamente ao Eterno Amor todos os corações.

Depois, ela disse que Mons. Volpi deveria voltar a Roma, e que dessa vez não pensaria em nós. De fato, ele voltou a Roma e de retorno a Lucca, minha filha já sabia, por vias extraordinárias e com certeza, tudo o que havia acontecido. Ela repetia que o Senhor desejava que durante todos os anos, em todas as Igrejas do mundo, fossem feitos nove dias de fervorosas orações ao Espírito Santo, e onde fosse possível, também houvesse a pregação da Palavra.

Disse que assim como os espíritos maus são incansáveis no serviço à Satanás, assim os bons deveriam estar prontos e generosos para fazer o bem.
Disse que a medida da iniqüidade está transbordando, e que o meio sugerido é a última graça que Deus derramaria sobre o pérfido mundo; mas que se não fosse correspondido, mandaria também flagelos.
Frisou que os bons exemplos desta obra devem vir dos sacerdotes e das outras pessoas consagradas e que a oração deles ao Espírito Santo deve combinar-se, de maneira que não seja jamais interrompida, para que o “Veni” ao Paráclito seja incessante.

Disse ainda que Deus espera que o seu Amor não seja mais desprezado; mas ao contrário, seja conhecido, honrado, amado novamente...e outras coisas que não falo para não me alongar mais.
Não posso calar-me diante de uma confirmação que o Senhor lhe deu para cura de uma outra irmã. O Senhor falou, ela pediu e a irmã doente ficou curada. Como posso silenciar-me diante dessa notícia consoladora?

Há poucos dias, conversando com o Senhor, ela lhe disse: “Que recompensa terá o Sumo Pontífice depois de ter estabelecido para o mundo inteiro o novo Cenáculo?”. E ouviu: “Ele será feliz, pois será o precursor de uma obra de salvação. Darei a ele o prêmio oferecido ao meu dileto João; repousará no meu coração e eu repousarei no dele. Será o discípulo do meu amor”.

Santo Padre me perdoe se escrevi muito e com exagerada simplicidade. Mas como poderia ter dentro de mim todas essas coisas sem derramá-las em vosso paterno coração?

Santíssimo Padre, agora não me resta senão orar como sempre faço, para que a face da Terra seja renovada pelo Espírito Santo. E para tal objetivo, nesta piedosa família das Irmãs de Santa Zita, não somente continuaremos nossas orações ao Espírito Santo como suplicaremos também a doce Mãe Maria, para que como orou com os Apóstolos no Cenáculo de Jerusalém, agora também ore por nós, para que cheguemos prontamente àquele dia feliz, no qual todos os fiéis serão como os Apóstolos, unidos ao invocar o Santificador das Almas. E com firme esperança, recorremos a Maria, seguros de que ela nos será propícia, como tem sido Vossa Santidade que tem promovido tanta honra e tanta glória, especialmente reavivando a bela devoção ao santo rosário!

Implorando a vossa bênção apostólica,

Ir. Elena Guerra

quinta-feira, 16 de maio de 2013

O uso das redes sociais na Nova Evangelização


No dia 24 de janeiro, o então papa Bento XVI lançou a tradicional mensagem para o Dia Mundial das Comunicações (DMC), que neste ano de 2013 foi no dia 12 de maio. Dando continuidade à temática trabalhada de 2009 a 20111, a mensagem para o 47º DMC centra-se mais uma vez na mídia digital: “Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços para a evangelização”2.

O pontífice acredita que as redes sociais estão contribuindo para o surgimento de novos espaços públicos que podem gerar comunidade e comunhão. No entanto, o que está por trás de toda rede é um ser humano. Portanto, o papa aconselha aos usuários das redes a serem autênticos, pois, em última análise, estão comunicando a si mesmos (cf. § 02 e 03).

Ainda, “as redes sociais tornam-se cada vez mais parte do próprio tecido da sociedade enquanto unem as pessoas na base destas necessidades fundamentais [relacionamentos, entretenimento e conhecimento]” (§ 03), afirma Bento XVI. Não se pode, pois, pensar em sociedade no século XXI sem referir-se ao poder agregativo das redes sociais.

As redes sociais

Uma rede social é caracterizada, sobretudo, pela sua horizontalidade: não há um grande emissor que produz conteúdo para uma gama de receptores; pelo contrário, a produção de conteúdos é realizada por todos os membros da rede, que se influenciam mutuamente. Além disso, a estrutura da rede social é, assim como a própria sociedade pós-moderna, líquida3. Duarte e Frei (2008)4 corroboram essa visão ao dizer que "redes não são [...] apenas uma outra forma de estrutura, mas quase uma não estrutura, no sentido de que parte de sua força está na habilidade de se fazer e desfazer rapidamente”.

Há diversos tipos de redes sociais, como as dedicadas aos relacionamentos, ao mundo corporativo/profissional, às comunidades e à política. O fato de todas elas serem virtuais denota o fenômeno que o sociólogo Zygmunt Bauman nomeia como “fragmentação da vida”: “a rede é mantida viva por duas atividades: conectar e desconectar. O atrativo da ‘amizade Facebook’ é que é fácil conectar, mas a grande atração é a facilidade de desconectar. Na relação frente a frente e olho no olho, quebrar as relações é traumático, porque é preciso ter razões ou inventar desculpas, mentir etc. Na internet a ruptura é fácil”5.

Em dezembro de 2012, o então papa Bento XVI lançou um perfil na rede social Twitter, que em apenas um mês contava com mais de 2,5 milhões de seguidores. O pontífice, em sua mensagem, diz que “O ambiente digital não é um mundo paralelo ou puramente virtual, mas faz parte da realidade quotidiana de muitas pessoas, especialmente dos mais jovens” (§ 05). Assim, em seu ofício de pastor, ele quer se aproximar dessa significativa parcela de fiéis através desse ambiente.

Sobre a não presença do papa no Facebook, o presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, afirmou em entrevista coletiva6 que “o Facebook tem uma dimensão própria, como estrutura, como realidade, e não vejo a necessidade que o Santo Padre esteja presente no Facebook com uma conta, um perfil. É pessoal demais. Ao contrário, Twitter e Youtube têm uma dimensão muito mais ‘institucional’. Por isso, hoje, preferimos não entrar neste campo com um perfil pessoal do Papa”.

O que fazer nas redes sociais

O papa, em sua mensagem, oferece algumas orientações de ordem prática de como utilizar as redes sociais com sabedoria. Ele claramente indica que, muitas vezes, a mensagem do evangelho é mal apresentada, ou apresentada em nível inferior, comparando-se com a mensagem da cultura de morte que pode ser visualizada nas redes: “Às vezes, a voz discreta da razão pode ser abafada pelo rumor de excessivas informações, e não consegue atrair a atenção que, ao contrário, é dada a quantos se expressam de forma mais persuasiva” (§ 04). No entanto, prossegue Bento XVI, a solução para isso não é usar a mesma moeda do sensacionalismo, pois “mesmo no ambiente digital, onde é fácil que se ergam vozes de tons demasiado acesos e conflituosos e onde, por vezes, há o risco de que o sensacionalismo prevaleça, somos chamados a um cuidadoso discernimento” (§ 08) e que “uma comunicação eficaz, como as parábolas de Jesus, necessita do envolvimento da imaginação e da sensibilidade afetiva daqueles que queremos convidar para um encontro com o mistério do amor de Deus” (§ 06).

Ainda, o pontífice esclarece que a evangelização através das redes sociais nem sempre precisa ser explícita, retomando a mensagem para o DMC de 2011. Ela acontece, principalmente, através dos conteúdos cotidianos produzidos pelos usuários. Estes conteúdos revelam a índole e a opção fundamental pelo Evangelho de cada um: “Tal partilha consiste não apenas na expressão de fé explícita, mas também no testemunho, isto é, no modo como se comunicam ‘escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele’” (§ 07). Em outras palavras, a evangelização acontece através de cada “retweet”, “curtir” ou “compartilhar”, e também através da forma como o usuário se apresenta nas redes. Produzir ou reproduzir conteúdos coadunados com a cultura de morte ou apresentar a si mesmo de forma contraditória ao ensinamento moral da Igreja revelam um contratestemunho por parte dos batizados e um mau uso das redes sociais.

A utilidade desses ambientes também é revelada no que diz respeito à integração universal da comunidade de fieis. Nos lugares onde o cristianismo ainda é nascente ou até mesmo perseguido, esses espaços oferecem subsídios para o fortalecimento da fé (cf. § 09).

Por fim, o papa salienta que as redes sociais devem ser o início de uma rede de relacionamentos que extrapola o virtual, cujo ponto final seria a comunidade concreta, real: “Procurando tornar o Evangelho presente no ambiente digital, podemos convidar as pessoas a viverem encontros de oração ou celebrações litúrgicas em lugares concretos como igrejas ou capelas” (§ 10).

Atento ao movimento da sociedade pós-moderna, que se encaminha cada vez mais para a virtualidade do cotidiano e a efemeridade das relações, o papa propõe em sua mensagem, de maneira clara e direta, uma ação sistemática de evangelização por parte de todos os batizados.

Com muita coerência ele dirige-se não aos pastores da Igreja, mas aos “amados irmãos e irmãs”, ou seja, a todos os fiéis. Isso condiz com a horizontalidade das redes sociais, como dito acima. É dada sobretudo aos jovens a tarefa de tornar esses ambientes instrumentos da nova evangelização, verdadeiros portais de verdade e fé.

O pontífice associa, explicitamente, as redes sociais como as ferramentas mais adequadas para cumprir o mandato missionário de Jesus Cristo aos seus discípulos, e assim ele encerra a sua mensagem: “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura”.

Por Diácono João Paulo Veloso
Jornalista e Teólogo
Coordenador da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Palmas/TO
Membro do Conselho Editorial da RCC Brasil 
Professor no IEAD da RCC Brasil

O que o Espírito diz à Igreja?

O Espírito de Deus pairava sobre as águas (Gn 1,1-2), proclama o magnífico hino da criação do universo, no qual retorna, como alegre refrão, a afirmação de que tudo o que Deus criou é bom! É o mesmo Espírito de Deus que "falou pelos profetas" (Credo niceno-constantinopolitano), o Espírito cuja presença se reconhece agindo naquele que as gerações esperaram: "O espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu. Enviou-me para levar a boa-nova aos pobres, para curar os de coração aflito, anunciar aos cativos a libertação, aos prisioneiros o alvará de soltura; para anunciar o ano do agrado do Senhor, o dia de nosso Deus fazer justiça, para consolar os que estão tristes, para levar aos entristecidos de Sião um adorno em vez de cinzas, perfume de festa em vez de luto, ação de graças em vez de espírito abatido" (Is 61,1-3). É o Espírito de Deus, capaz de fazer reviver as ossadas ressequidas da visão de Ezequiel! (Cf. Ez 37,1-28). Na plenitude dos tempos, quando se realizam as profecias, a sinagoga de Nazaré, para escândalo de tantos e alegria daqueles que não deixaram apagar-se a chama da esperança, testemunha a presença aquele que é o Ungido do Pai, sobre o qual repousa o Espírito Santo.
    
É o mesmo Jesus do Batismo de João no Jordão, quando o Espírito apareceu sob forma de uma pomba. Ele, impulsionado pelo Espírito (Cf. Lc 4,14), realiza a sua missão e efetivamente traz consigo o ano da graça da parte do Senhor. Sua presença restaura, liberta e salva, de modo que ninguém passa em vão ao seu lado. Ele chama discípulos que caminham à sua frente, exulta no Espírito Santo e se alegra: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado" (Lc 10, 21). Jesus anuncia que Deus é Pai, abre a arca eterna do tesouro da Santíssima Trindade e revela que a vida divina não é solidão, mas comunhão, partilha, família. No monte da transfiguração, os discípulos "entram na nuvem" da presença do Espírito! Ali escutam e voz do Pai que os convida a ouvir e receber o Filho amado (Cf. Lc 9, 28-36). O "movimento" de amor existente da Santíssima Trindade é posto à disposição de todos os homens e mulheres de fé! Uma verdadeira voragem de vida sobrenatural, agora oferecida como dom!
    
Em sua Cruz redentora, Jesus Cristo "entrega" o Espírito (Cf. Jo 19,30). Já ressuscitado, Ele tem pressa! Sopra sobre os discípulos reunidos, para que recebam o Espírito Santo e se transformem em portadores da misericórdia e do perdão. Elevado aos Céus na Ascensão, leva à plena realização seu mistério pascal, infundindo, no Pentecostes da "inauguração da Igreja", as línguas de fogo do Espírito Santo prometido, penhor da realização de suas palavras. Dali para frente, começa o tempo do Espírito, no qual nos encontramos, enquanto esperamos a vinda gloriosa de nosso Deus e Salvador, Jesus Cristo.
    
Este é o tempo em que o dom do discernimento se faz presente e urgente. Já as Igrejas dos tempos apostólicos (Cf. Ap 2-3) buscavam o que o Espírito lhes dizia, para serem fiéis ao Senhor. As respostas ao discernimento continuam atuais: retornar ao primeiro amor da conversão, adquirir novo vigor para a evangelização, tomar consciência dos males existentes nas próprias comunidades, não ter medo dos sofrimentos, conservar o que é bom a todo custo, vigilância para identificar os problemas existentes, superar a mediocridade. Ele está à porta e bate, entra na casa, partilha os dons, repreende, educa os que ama! Até hoje as mesmas recomendações entram pelas portas dos corações e das Igrejas, com frutos abundantes para o anúncio do Evangelho.
    
Com esta iluminação, podemos buscar o discernimento do que o Espírito grita à Igreja de nosso tempo! Nos discursos de despedida, reunido com os apóstolos no Cenáculo, vendo-os assustados com as revelações que recebiam, desejava que estes tivessem a paz, quando os alerta que no mundo teriam aflições: "Tende coragem! Eu venci o mundo” (Jo 17, 33). Como a vitória que vence o mundo é a nossa fé, vem o chamado a não pretender destruir pessoas ou lançar-lhes sentenças de condenação, mas ir-lhes ao encontro, identificando com o farol da fé as sementes do Verbo de Deus que estão plantadas pelo próprio Espírito Santo.
    
Mais! Seja vencido todo o derrotismo e a acomodação! o Evangelho é o que existe de melhor e mais atual para as pessoas de nosso tempo. Cristão acuado é cristão derrotado! Antes, com o testemunho pessoal e com a palavra, manifestar que o bem existe e é maior do que o mal.
    
Quando as pessoas encontrarem comunidades unidas, vivas e ardorosas, oração, testemunho da Palavra de Deus, templos de portas abertas, espírito missionário, serão tocadas pela ação do próprio Espírito Santo, que é a alma da Igreja. Elas virão em busca dos inúmeros poços, nos quais desejarão encontrar água viva (Cf. Jo 4, 7-15). Ao encontrarem ministros da Igreja ungidos pelo Espírito, abrirão sua alma e acolherão o dom da graça! As palavras de sabedoria, então destiladas dos lábios das pessoas de Igreja, serão acolhidas de boa vontade! Onde o fogo da caridade manifestar a fé, os homens e mulheres de nosso tempo acorrerão pressurosos, pois também hoje o Senhor tem um povo escolhido e amado em cada lugar! (Cf. At 18, 10)
    
"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas!" (Ap 2,7.11.17.29; 3, 6.13.22).




altDom Alberto Taveira Corrêa
Assessor Eclesiástico da RCCBRASIL
Arcebispo Metropolitano de Belém

terça-feira, 14 de maio de 2013

Primeira carta da Beata Elena Guerra para o papa Leão XIII


Neste tempo de preparação à Festa de Pentecostes, vamos publicar algumas cartas da Beata Elena Guerra para o Papa Leão XIII sobre o Espírito Santo.

Em 17 de abril de 1895.

Santíssimo Pai,

Uma pobre filha de Vossa Santidade, já há mais de sete anos, deseja ardentemente manifestar ao comum Pai dos Fiéis, um vivo desejo; depois de ter por tanto tempo guardado e rezado, finalmente lhe decide expor com tanto apreço.

Santo Padre, o mundo é mal, o espírito de satanás triunfa na pervertida sociedade e uma multidão de almas se distancia do Coração de Deus. Nestas tristes condições, os cristãos não pensam em dirigir unânimes súplicas Àquele que pode “renovar a face da terra”.

Fazem tantas novenas e isso é bom. Mas, a única que foi pedida pelo próprio Salvador e feita por Maria Santíssima e os apóstolos, é agora quase completamente esquecida.

São louvados pelos pregadores todos os santos, mas uma pregação sobre o Espírito Santo, quem a faz?

Quem, ó Santo Padre, pode fazer com que o Espírito Santo seja mais conhecido e mais honrado, senão o Vigário de Jesus sobre a terra, do qual não somente as ordens, mas também os desejos, possuem sobre os corações dos fiéis uma forte eficácia? E agradecendo aos céus, temos visto, como os bons católicos, somente pelo fato do Papa dizer uma palavra, já fazem dela uma lei: lei de amor, e exultam em obedecer.

Portanto, Santo Padre, somente o senhor, pode fazer com que os cristãos retornem ao Espírito Santo, para que o Espírito Santo retorne a nós, abata o domínio do demônio e nos conceda a desejada renovação da face da terra.

E se eu, miserável criatura que sou, posso arder para expor inteiramente este meu desejo, vos peço, ó Santidade, solicite a todos os Bispos que nas paróquias de suas dioceses, se faça este ano a Novena de Pentecoste, acompanhada onde for possível, da pregação da Divina Palavra e dos ensinamentos e exortações que iluminam as mentes para conhecerem o Espírito Santo e movem as vontades para corresponderem às suas inspirações. Onde não se puder fazer agora, não se poderia fazer ao longo do ano, como se faz também no tempo do Jubileu?

Se este ano, de todas as partes da cristandade, se levantarem unânimes e fervorosas orações ao Céu, como foi feito no Cenáculo de Jerusalém, para o derramamento do Espírito, quais e quantas belas bênçãos e graças não nos conseguiriam estas súplicas!

E a nossa amadíssima Mãe Maria que esteve com os Apóstolos naqueles nove dias benditos, e com eles orou, não estaria também conosco neste nosso Novo Cenáculo? E não nos concederia antecipadas e copiosas misericórdias?

No Ano passado, tive a sorte de poder oferecer a Vossa Santidade, por meio de D. Vicenzo Tarozzi, um livrinho da Novena do Espírito Santo, intitulado “O Novo Cenáculo”, e Vossa Santidade, se dignou a aceitá-lo e abençoá-lo, exprimindo o desejo de que a união de orações propostas naquele pequeno livro para a Novena do Espírito Santo, produzisse uma salutar renovação das mentes e dos corações.

Na dúvida de que aquele livro possa ter sumido, anexo uma outra cópia junto a presente carta, para que Vossa Santidade conceda-lhe uma nova bênção para o maior bem das almas.
Santo Padre, uma outra palavra, e queira perdoar a minha insistência. Peço que por caridade, o senhor faça depressa a recomendação desta unânime oração, para que mais almas não se percam para o demônio, mas que este as perca para o Bom Jesus que as resgatou com seu sangue.

Eu experimento o remorso de ter tido timidez e esperado tantos anos para expor tudo que acima exponho ao senhor, meu Pai. Agora, temo também ter sido muito ousada...

Santo Padre, dê uma bênção que me conforte. Uma bênção a mim que desejei ardentemente lhe escrever com tanta liberdade. Uma bênção para as minhas alunas e para as irmãs que comigo trabalham pela educação da juventude, enquanto eu, humildemente, me persigno.
Madre Elena Guerra

Extraído do livro Escritos de Fogo, editado pela Editora RCCBRASIL.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O perigo da Quiromancia!


Conhecendo a Quiromancia…
A palavra Quiromancia origina-se do Grego“Kheiromanteia” que significa: “Kheir” Quiro = mão e “Manteia” Mancia =adivinhação. Juntando-se as duas temos a palavra Quiromancia que poderia se traduzir sendo “Adivinhação através das mãos”.
O que há de errado na Quiromancia?
Vamos em primeiro lugar descrever o que diz o Catecismo da Igreja Católica no numero 2116:
“Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas…” “A consulta aos horóscopos, a astrologia, a QUIROMANCIA… escondem uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e, finalmente, sobre os homens, ao mesmo tempo um desejo de ganhar para si os poderes ocultos. Essas práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus.”
O primeiro erro da Quiromancia é afirmar que através das linhas das mãos já estão descritos o nosso passado, presente e futuro, assim como nossa personalidade e comportamentos…
Os Quiromantes, assim são denominados aqueles quem praticam a Quiromancia, afirmam também que podem através de nossas mãos mudar nosso futuro, indicar novos caminhos para aquilo que já esta traçado na linha da nossa vida!
Esta prática antigamente era muito exercida pelos Ciganos, que faziam disso até mesmo uma forma de obter alguma renda para o seu grupo.
Hoje em dia vemos grupos de pessoas espalhadas por este nosso Brasil, que ainda insistem nesta prática, e provavelmente para quem conhece o centro de São Paulo, com certeza poderá afirmar que já viu estas pessoas andando por lá!
A Quiromancia é tida pela doutrina da nossa Igreja como algo errado, porque gera na pessoa que os procura uma curiosidade doentia, a pessoa passa a não mais ter Deus como a fonte de Vida que rege todas as coisas, mas começam a colocar sua confiança naquilo que estas pessoas dizem que leram em suas mãos!
Além disso como está explicito no Catecismo, as pessoas que procuram a Quiromancia escondem dentro de si uma “ uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e, finalmente, sobre os homens, ao mesmo tempo um desejo de ganhar para si os poderes ocultos.
As pessoas substituem a Pessoa de Deus, e criam deuses e entidades superiores para si mesmas! Isso é pecado de idolatria e superstição!
Há ainda uma linha da Quiromancia misturada com o Espiritismo, na qual dizem conseguir “contato” com pessoas já falecidas e com entidades que foram designadas para “cuidar” destas pessoas através das linhas das mãos. Daí para cair num verdadeiro culto ao demônio não é difícil. Pois a necessidade de querer saber o futuro cada vez mais, a necessidade de querer mudar as coisas e conseguir tais poderes e “contatos com o além”, faz com estas pessoas passem da Quiromancia a verdadeiros cultos satânicos, onde a pessoa chega a se consagrar ao demônio para obter tais informações e forças!
Sem contar ainda os charlatães que há por ai, que tem somente o desejo de explorar a pessoa e ganhar dinheiro!
Para quem já recorreu a esta prática, ou ainda por ignorância sobre a mesma ainda a pratica, é importante que você faça uma oração de Renuncia de tal prática.
Oremos:
Senhor Jesus, venho neste momento me colocar diante da Tua presença e me apresentar a Ti.
Quero Lhe pedir perdão se algum dia procurei a Quiromancia para saber algo da minha vida, para saber do meu futuro, para conhecer o que está escondido…
Quero Lhe pedir perdão porque entendi que somente Tú és o Senhor que rege a nossa vida, e que nada esta traçado sobre nós, como um “karma”. Somos filhos Teus e por isso o Senhor nos fez livres, e é nesta liberdade que escolho a Ti, a Tua vontade e o Teu senhorio sobre a minha vida e a vida da minha família!
Renuncio agora no poder do Teu nome a todo o tipo de contato que eu tenha feito com Quiromantes! Renuncio a tudo aquilo que eles me disseram, renuncio sobre todas as palvras proferidas sobre a minha vida destas pessoas, sejam palavras boas ou palavras más!
Quero agora ser lavado(a) no poder do Teu sangue e proclamo que nada e nem ninguém tem poder sobre a minha vida, o meu passado, o meu presente e o meu futuro, pois consagro tudo isso ao Teu Sagrado Coração e confio que o Senhor me salva e me liberta!
Proclamo neste dia que sou livre de tudo o que poderia estar amarrando a minha vida e a vida da minha família!
Obrigado porque ouves a minha oração! 
Pai-Nosso…

Papa: "O Espírito Santo é quem nos recorda as coisas de Deus"



“O Espírito Santo permite que o cristão tenha ‘memória’ da história e dos dons recebidos de Deus. Sem esta graça, há o risco de se cair na idolatria”. Foi, em síntese, o que disse o Papa na missa celebrada na manhã desta segunda, 13, a Casa Santa Marta.

Francisco lembrou que o Espírito Santo “é quase sempre um desconhecido de nossa fé”: “Hoje, muitos cristãos não sabem quem é o Espírito Santo, como ele é. E algumas vezes, ouve-se dizer: ‘Mas eu me arranjo com o Pai e o Filho: rezo o Pai Nosso ao Pai, faço a comunhão com o Filho, mas com o Espírito Santo... não sei o que fazer’. Ou então se diz: "O Espírito Santo é a pomba, aquele que nos dá sete dons..." "Mas assim, o pobre Espírito Santo fica sempre no fim e não encontra um bom lugar em nossas vidas”.

Prosseguindo, Papa Francisco, ressaltou que o Espírito Santo é um “Deus ativo entre nós”, que nos faz lembrar, que desperta nossa memória. O próprio Jesus explicou aos Apóstolos, antes de Pentecostes, que o Espírito lhes recordaria tudo o que ele havia dito. Ter memória – especificou - significa também recordar das próprias misérias, que nos escravizam, além da graça de Deus, que destas misérias nos redime.

Papa Francisco concluiu com um convite aos cristãos a pedirem a graça da memória, para serem pessoas que não esquecem do caminho percorrido, não esquecem as graças recebidas, não esquecem o perdão dos pecados e nem que foram escravos e que o Senhor lhes salvou.

sábado, 11 de maio de 2013

Bendita entre as mulheres!

Chegou a hora em que a vocação da mulher se realiza em plenitude, a hora em que a mulher adquire no mundo uma influência, um alcance, um poder jamais alcançados até agora

Todos os homens e mulheres foram criados por Deus para o glorificarem e serem felizes e realizados. A própria glória de Deus se manifesta no ser humano vivo! Ninguém foi destinado à perdição e à condenação. O Bom Pastor, que é Jesus, quer tomar sobre os ombros as ovelhas, com especial atenção àquelas que porventura se desgarrarem do rebanho. O olhar de ternura com que envolve a todos é referência para cada um de nós, a fim de que sejam inclusivas nossas palavras e atitudes.

Mas não contradiz a visão igualitária da criação do ser humano afirmar, como queremos fazer no final de semana em que se celebra o dia das mães, que o Pai do Céu caprichou com imenso carinho ao criar a mulher. Jocosamente, alguém já disse que desejou aperfeiçoar a sua obra, depois de ter criado o varão! Beleza, ternura, fortaleza, perseverança. Tantas mulheres são escolas vivas do Evangelho, livros abertos para que as lições do modo divino de viver se espalhe no mundo.

Há algumas características no ser feminino que vêm em relevo e é tempo de manifestá-las. “Chegou a hora em que a vocação da mulher se realiza em plenitude, a hora em que a mulher adquire no mundo uma influência, um alcance, um poder jamais alcançados até agora. Por isso, no momento em que a humanidade conhece uma mudança tão profunda, as mulheres iluminadas do espírito do Evangelho tanto podem ajudar para que a humanidade não decaia” (Cf. Mensagem final do Concílio Vaticano II).

João Paulo II, na Carta Apostólica Mulieris dignitatem, diz magistralmente: “Contemplando esta Mãe (Maria), cujo coração foi traspassado por uma espada (cf. Lc 2, 35), o pensamento se volta a todas as mulheres que sofrem no mundo, que sofrem no sentido tanto físico como moral. Neste sofrimento, uma parte é devida à sensibilidade própria da mulher; mesmo que ela, com frequência, saiba resistir ao sofrimento mais do que o homem. É difícil enumerar estes sofrimentos, é difícil nomeá-los todos: podem ser recordados o desvelo maternal pelos filhos, especialmente quando estão doentes ou andam por maus caminhos, a morte das pessoas mais queridas, a solidão das mães esquecidas pelos filhos adultos ou a das viúvas, os sofrimentos das mulheres que lutam sozinhas pela sobrevivência e os das mulheres que sofreram uma injustiça ou são exploradas. Existem, enfim, os sofrimentos das consciências por causa do pecado, que atingiu a dignidade humana ou materna da mulher, as feridas das consciências que não cicatrizam facilmente. Também com estes sofrimentos é preciso pôr-se aos pés da Cruz de Cristo” (Mulieris Dignitatem 19).

À capacidade para enfrentar os sofrimentos acrescenta-se uma genuína vocação ao amor. É ainda a João Paulo II que recorremos: “A dignidade da mulher está intimamente ligada com o amor que ela recebe pelo próprio fato da sua feminilidade e também com o amor que ela, por sua vez, doa. Confirma-se assim a verdade sobre a pessoa e sobre o amor. Acerca da verdade da pessoa, deve-se uma vez mais recorrer ao Concílio Vaticano II: ‘O homem, a única criatura na terra que Deus quis por si mesma, não pode se encontrar plenamente senão por um dom sincero de si mesmo’. Isto se refere a todo homem, como pessoa criada à imagem de Deus, quer homem quer mulher. A afirmação de natureza ontológica aqui contida indica também a dimensão ética da vocação da pessoa. A mulher não pode se encontrar a si mesma senão doando amor aos outros” (Mulieris Dignitatem 30).

A estes dons se acrescente a maternidade, com toda a intimidade e sadia cumplicidade vital entre a mãe e os filhos que geram. É maravilhoso ouvir as experiências de mães bem conscientes de que na gravidez não acompanham uma parte de seu corpo, mas outra vida, com igual dignidade, prontas a oferecer à família, à Igreja e ao mundo a criatura que nela se desenvolve, dando tudo de si para alimentar, acalentar e levar à luz um homem ou uma mulher.

Mês de Maio, mês das Mães, Mês de Maria. Se as mulheres são hoje postas em relevo, não se pode esquecer a Mãe das Mães, Maria, bendita entre todas as mulheres da terra. Para ela se voltaram todas as bênçãos de Deus, quando foi escolhida para ser a Mãe do Redentor. Sabedora de sua humildade, sua alma exultou de alegria e, desde o Magnificat primeiro, não cessa de proclamar no Céu e, através da voz da Igreja, aqui na terra, as obras de amor realizadas por Deus.

O mistério da maternidade mariana se mostra também, de forma impressionante, na devoção do povo de Deus a Nossa Senhora, em seu título de Fátima, celebrado neste ano de 2013 no dia dedicado às mães, segundo domingo de maio. A solicitude do Eterno Pai permitiu que a mãe de seu Filho amado fosse chamada com tantos e belos títulos, nos quais se expressam sentimentos humanos, lugares de Devoção e, mais ainda, títulos a ela atribuídos pela participação no mistério de Cristo descrito nos Evangelhos. Da Maria de Nazaré, passando por Belém, por Caná ou o Cenáculo, Maria da Ressurreição e do Pentecostes, Maria Mãe da Igreja, a ela recorremos, pedindo que sejamos todos dignos das promessas de Cristo. A ela recorremos, confiando confiantes nossas Mães àquela que é Mãe de Cristo. Podemos dizer com o mês de Maio: Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós! Nossa Senhora da Visitação, rogai por nós!



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Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém
Assessor Eclesiástico da RCCBRASIL